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Nasce uma família — Hospital Português da Bahia

12 de dezembro de 2016

Nasce uma família

12 December 2016

Nasce uma familiaDa descoberta da gravidez ao nascimento do bebê, a expectativa de mães, pais e familiares em geral só aumenta; sobretudo, se a espera for do primogênito. Mas, a alegria genuína que envolve o momento especial do parto, em muitos casos, cede lugar a um misto de emoções com o diagnóstico de doença no recém nascido – prematuridade, problemas respiratórios, distúrbios metabólicos ou alimentares, malformações, entre outros. Embora a assistência adequada no período pré-natal, no parto e pós-parto não evite tais ocorrências, o Ministério da Saúde (MS) enfatiza a importância desse cuidado para reduzir os índices de mortalidade infantil. Foi o que fez a advogada Carolina Souza, 28 anos. Mãe dos gêmeos Davi e Daniel, de um ano e um mês,  ela lembra como o acompanhamento gestacional e o cuidado especializado de UTI Neonatal foram decisivos para concretizar o seu sonho materno. “A gravidez gemelar é considerada de risco e eu já havia sofrido um abortamento espontâneo na minha primeira gestação, há três anos. Por isso, seguimos todas as orientações do obstetra”.

Apesar de ter tido uma gestação saudável, os exames pré-natais de Carolina revelaram na 30ª semana que uma das placentas já estava madura e a qualquer momento poderia iniciar o trabalho de parto. Na 34ª semana de gestação, a advogada deu à luz Davi, com 1,890 kg, e Daniel, com 2,190kg. O nascimento prematuro fez os bebês necessitarem de 21 dias de cuidados intensivos. “A partir daí, eu e meu marido pudemos conhecer a grande importância desse tipo de assistência”, lembra. Dentro da infraestrutura completa para o cuidado de gestantes e recém-nascidos da Maternidade Santamaria do Hospital Português, a família de Carolina dispôs de todo o suporte assistencial para situações de alta complexidade. Responsável pelo acompanhamento pré-natal dos gêmeos e coordenador médico do Serviço, Dr. Leomar Lyrio informa que a prematuridade – condição em que a criança  nasce antes de atingir 37 semanas de gestação e peso ideal – afeta, por ano, cerca de 15 milhões de crianças no mundo. “No Brasil, 11% dos partos são prematuros, exigindo preparo dos serviços de saúde para o atendimento adequado dessa demanda social”.

O obstetra destaca que para proporcionar qualidade e segurança às famílias, uma complexa infraestrutura de retaguarda permanece em pleno funcionamento na Maternidade Santamaria. A assistência materno-fetal de excelência inclui equipes experientes e especializadas no parto seguro e humanizado,  equipamentos de última geração e espaço físico amplo e confortável contendo: 52 leitos de internação em Alojamento Conjunto, Centro Obstétrico com 3 salas cirúrgicas (algumas com visor externo para a família assistir ao nascimento), sala especial para parto natural (PPP – pré-parto, parto e pós-parto), Berçário de Observação e UTI Neonatal com 28 leitos de internação. “Todos os recém-nascidos são assistidos por um neonatologista, diferencial que amplia a qualidade e segurança do paciente”, observa.

Para Carolina, tamanho cuidado foi determinante no processo de recuperação da saúde dos seus filhos. “Estava feliz com a chegada deles, porém havia a tristeza de não saber quando viriam para o meu quarto e se viriam. Queria estar com meus bebês, abraçá-los, dar colo, mas não podia fazer isso. Eles estavam fazendo vários exames, usando sonda. Nosso primeiro contato foi somente visual, pela incubadora. Realmente, eram muito pequeninhos. Vê-los tão indefesos,  no meio de uma UTI Neonatal, com outras crianças,  foi difícil”. Para ficar próxima dos gêmeos e ajudar no processo de cura, a advogada buscou aprender rapidamente as rotinas de uma UTI Neonatal, encontrando o acolhimento humanizado de toda a equipe da assistência – enfermeiras, psicóloga, médicos, técnicos, nutricionistas, entre outros profissionais. “Quando cheguei à Unidade, me deparei com uma série de procedimentos novos, obrigatórios para todos que entram naquele ambiente. Então, aprendi a lavar as mãos corretamente, a passar o álcool gel, a colocar a roupa específica para acessar a unidade fechada. Tudo isso me permitiu estar próxima e cuidar dos meus bebês”.

Na hora da visita, os pais dos gêmeos aplicavam a técnica canguru, colocando-os bem próximos ao corpo. “Esse método gera inúmeros benefícios para os pais e o recém-nascido de baixo peso: desenvolve o vínculo afetivo, estimula o aleitamento materno, o desenvolvimento neurológico, comportamental e emocional do bebê; reduz o seu nível de estresse e dor, aproxima a família da equipe assistencial e amplia a segurança dos pais nos cuidados”, explica Dr. Leomar Lyrio. Apesar de todo o empenho do casal em se manter próximo dos gêmeos, Carolina lembra que o dia da sua alta médica após o parto cesariano, foi marcado pela tristeza diante da permanência dos gêmeos na UTI Neonatal. “Sair da Maternidade sem tê-los nos braços foi doloroso. Ao mesmo tempo havia a tranquilidade de saber que estavam sendo muito bem cuidados por profissionais excelentes. Isso nos ajudava a dormir para retornar na manhã seguinte. Sendo mãe de gêmeos, eu passava muito tempo lá, já que ambos eram amamentados de 3 em 3 horas. Era a minha rotina, fazia de tudo para que tivessem logo alta médica e fossem pra casa”.

A advogada revela que nos momentos de fragilidade imaginava se podia ter feito algo durante a gestação para evitar essa circunstância, se havia cometido algum erro. Nessa hora o suporte assistencial da Maternidade Santamaria ajudou no resgate da sua autoconfiança. “Fui convidada para participar de uma terapia de grupo com os pais e a psicóloga da UTI Neonatal. Então, percebi que outros pais  vivenciavam a mesma experiência de angústia, muitos se culpando também. Na terapia em grupo tive a certeza de que aquele era apenas um período, que meus filhos estavam sendo cuidados pelos melhores profissionais”. Enquanto aguardava os pequenos atingirem os requisitos médicos (ganho de peso, força na sucção para mamar no peito), Carolina e o marido celebravam cada progresso dos gêmeos. “Fomos percebendo a evolução deles. Começaram a engordar e mamar bem. Ficava feliz porque estava conseguindo amamentar os dois”. Com todo esse cuidado, a alta médica de Davi e Daniel aconteceu em 04 de dezembro de 2015, gerando felicidade para todos que participaram desse processo de cuidados.

“O quarto dos bebês estava pronto e não víamos a hora de ocupar os bercinhos. Em casa, percebemos o quanto a experiência na UTI Neonatal havia nos preparado para cuidar deles. Na Maternidade aprendi a dar banho, trocar fralda, amamentar. Graças a esse treinamento, passamos dias mais tranquilos e seguros sozinhos. Ter a minha família completa agora, me faz grata a todos os profissionais da Maternidade Santamaria, pessoas que dividiram comigo os dias mais importantes da minha vida. Graças ao trabalho e carinho de cada um deles, meus filhos são crianças cheias de saúde, já estão andando e têm muita energia”. Em 13 de novembro deste ano, a família celebrou o primeiro ano de vida de Daniel, atualmente com 12,400 kg, e de Davi, que está com 12,100 kg. “Esse é o melhor resultado que podemos conquistar. É esse objetivo que nos inspira todos os dias”, conclui Dr. Leomar Lyrio.

Revista Imagem Real – Dezembro 2016
http://www.hportugues.com.br/imprensa/revista-imagem-real