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Vacinação contra o HPV inclui meninos, em 2017 — Hospital Português da Bahia

12 de dezembro de 2016

Vacinação contra o HPV inclui meninos, em 2017

12 December 2016

vacinação O Ministério da Saúde (MS) anunciou que, a partir de 2017, meninos de 12 a 13 anos vão participar da campanha nacional de vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV). Com a medida, o Brasil se torna o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a contemplar meninos em um programa nacional de imunização contra o HPV. Atualmente, a vacina é oferecida para meninas de 9 a 13 anos, gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS). No próximo ano, a campanha deve incluir ainda meninas que atingiram 14 anos de idade sem serem imunizadas contra o HPV ou que não completaram as doses recomendadas. Para a especialista do Serviço de Infectologia do Hospital Português (HP), Dra. Ana Paula Queiroz, a iniciativa fortalece a prevenção da transmissão do vírus nas gerações futuras. “A vacinação contra o HPV nessas faixas etárias apresenta impacto social relevante, pois, deve imunizar muitos jovens que ainda não possuem vida sexual”, observa.

Para os menores com iniciação sexual precoce, a infectologista alerta que além do HPV, inúmeros vírus podem ser transmitidos no contato íntimo. “A informação e utilização de preservativos são aliadas inseparáveis na prevenção e no controle de infecções sexualmente transmissíveis”. Em todo o mundo, estima-se que mais de 290 milhões de pessoas sejam portadoras do HPV. Estudos indicam que, ao menos, metade da população sexualmente ativa já teve contato com o vírus em algum momento de suas vidas. Após o contágio, a maior parte das pessoas não desenvolve sintomas, o que aumenta as chances de disseminação dos cerca de 200 subtipos de HPV já identificados. A transmissão pode ocorrer facilmente por via sexual, contato direto da pele ou mucosa infectada. Aproximadamente 12 variações são consideradas de alto risco, como o tipo responsável por praticamente todos os casos de câncer de colo de útero.

Líder do Serviço de Ginecologista do HP, Dr. José Carlos Macedo Monteiro adverte as mulheres sexualmente ativas sobre a importância de realizar o exame de papanicloau, anualmente, para o diagnóstico precoce da doença. “Com a avaliação do colo do útero, conseguimos diagnosticar lesões pré-cancerígenas provenientes do HPV ainda em fase inicial. O tratamento imediato potencializa as chances de cura da doença. Contudo, apenas a imunização é capaz de contribuir para interromper o ciclo de transmissão do vírus”, destaca. O HPV está entre as infecções sexualmente transmissíveis (IST) de maior incidência no mundo, sendo o causador de câncer também em áreas como vagina, garganta, vulva, pênis, ânus, boca e verrugas anogenitais.

Revista Imagem Real – Dezembro 2016
http://www.hportugues.com.br/imprensa/revista-imagem-real