Pioneirismo em Transplantes de Órgãos — Hospital Português da Bahia
2 de janeiro de 2017
Pioneirismo em Transplantes de Órgãos
02 January 2017
À medida que a população aumentava e a Medicina progredia, o Hospital Português modernizava as técnicas de cuidado do paciente e expandia a sua estrutura física. Paralelamente, em 1954 o mundo acompanhava a realização do primeiro transplante de órgãos em paciente com insuficiência renal. No Brasil, o procedimento pioneiro do tipo aconteceria em 1968. Daí, até a efetivação desta cirurgia de alta complexidade no HP, foi uma questão de tempo. Em 1980, a Instituição inaugurava a trajetória de vanguarda em transplantes de órgãos na Bahia, realizando o primeiro transplante de rim no Estado. A experiência serviu de alicerce para novos feitos inéditos na saúde baiana: os primeiros transplantes de córnea (1985), de coração (1991), de medula óssea (2001), de fígado (2002) e o primeiro transplante duplo de órgãos (fígado e rim), em 2009.
Tais realizações, aliadas à infraestrutura completa do HP para a assistência do paciente de alto risco, ajudaram a formar equipes transplantadoras altamente preparadas e, sobretudo, a impulsionar a área da saúde no Estado, transformando a perspectiva de vida dos pacientes crônicos que ansiavam pelo recebimento de um órgão saudável. Músico, cantor, repentista e cordelista, Antônio Ribeiro da Conceição, 69 anos, o Bule-Bule, conhece essa realidade. Após uma jornada de 7,5 anos de sessões semanais de hemodiálise no HP e expectativa na fila de doação de órgão, realizou o transplante renal em 26 de outubro de 2016. Agora, segue em plena recuperação. “Estou com vida nova e feliz. Agradeço às equipes do Hospital, do faxineiro ao cientista, especialmente, a Dr. Ernani Gusmão, Dr. Rogério Passos, Dra. Margarida Dutra e aos jovens médicos”.
Os resultados bem-sucedidos dos Programas de Transplantes de Fígado e de Rim fazem do HP um centro de referência em transplantes no país, com atuação equiparada a de instituições transplantadoras reconhecidas internacionalmente pela excelência. Em mais de três décadas, a Instituição comemora o êxito de 420 transplantes renais. As taxas de sobrevida dos pacientes (85%) e dos órgãos transplantados (78%), na série histórica, após cinco anos, vêm aumentando progressivamente. Os transplantes hepáticos na Instituição têm alcançado resultados igualmente animadores em 14 anos de atividades: 346 pacientes transplantados, taxa de sobrevivência após cinco anos de cirurgia de 77%, metade dos procedimentos realizados sem necessidade de transfusão de sangue e tempo cirúrgico médio de 4 horas, um dos menores do país. Tais resultados refletem o alto nível de preparo das equipes cirúrgicas e assistenciais envolvidas na operação de alta complexidade, o emprego de procedimentos de cuidado do paciente com qualidade certificada, o uso de modernas tecnologias, e medicações mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
Desde a implantação do Programa de Transplantes de Órgãos, o HP tem beneficiado a maioria dos pacientes com a cirurgia através do convênio com o Sistema Único de Saúde – SUS. A evolução desta especialidade médica na Instituição tem ajudado a aumentar os números de transplantes no Brasil. Para fomentar a iniciativa, o Hospital conta com a atuação da Comissão para Transplantes – grupo multidisciplinar, nomeado pela presidência do HP, composto por três médicos, três enfermeiros, uma assistente social e uma psicóloga. As atividades da Comissão incluem reuniões mensais para discussão de casos clínicos, identificação de doadores potenciais, abordagem humanizada das famílias de pacientes com confirmação de morte encefálica, e ainda a elaboração de programas de cunho informativo e educativo para os profissionais da saúde e a comunidade.
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