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Doação de órgãos: sinônimo de esperança — Hospital Português da Bahia

19 de setembro de 2017

Doação de órgãos: sinônimo de esperança

19 September 2017

doação de órgãosPara quem enfrenta uma doença crônica avançada enquanto aguarda por um órgão, na fila de transplantes, o gesto anônimo e solidário de familiares que autorizam a doação tem significado idêntico ao da palavra esperança. Afinal, com este ato generoso, a perspectiva de várias vidas se renova; assim como, o elo entre famílias, entidades reguladoras e centros transplantadores, na corrida contra o tempo, para que o órgão doado encontre um receptor. Hoje, na Bahia, este desfecho é aguardado por mais de 2,2 mil pessoas que estão cadastradas na Central Estadual de Transplantes de Órgãos. Engajado nesta luta, o Hospital Português (HP), um dos principais centros transplantadores brasileiros, desenvolve ações dirigidas para que mais pessoas possam se beneficiar deste procedimento. Membro da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Instituição filantrópica, Dra. Raquel Hermes destaca, nesta entrevista, algumas das iniciativas com esse foco.

1. Como o Hospital tem buscado sensibilizar os familiares de potenciais doadores?

A Instituição entende que a confirmação do diagnóstico de morte encefálica é um momento difícil. Por isso, a equipe da CIHDOTT-HP acolhe as famílias, mostrando que a oportunidade de ajudar a salvar uma vida pode atenuar a dor de perder um ente querido. Na Bahia, há uma longa fila de espera por órgãos e pessoas que morrem enquanto aguardam. Esta lista de pacientes é única e está disponível no site da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Graças a esse gesto solidário, até o início de agosto, o Hospital realizou 17 transplantes de fígado, com sucesso.

2. Quais ações a CIHDOTT-HP realiza para fomentar novas doações de órgãos?

Um dos focos de atenção da CIHDOTT-HP é a educação continuada dos profissionais da assistência para a captação de órgãos, sobretudo, nas unidades de medicina crítica. Além disso, acompanhamos o protocolo de morte encefálica caso a caso; enfatizamos que a doação de córnea pode ocorrer até seis horas, após óbito, em qualquer unidade do HP; promovemos campanhas como o Setembro Verde, com distribuição de fitinhas verdes, para sensibilizar os colaboradores da assistência sobre a importância de informarem a CIHDOTT-HP ou a Central Estadual da iminência de doação de órgãos; informamos aos clientes e profissionais para avisarem às suas famílias o desejo de ser um doador, viabilizando a autorização da doação; também disponibilizamos para todos os profissionais, na intranet do Hospital, os documentos e telefones da CIHDOTT-HP.

3. A falta de entendimento da população sobre o diagnóstico de morte encefálica é um gerador importante de preconceito relacionado à doação de órgãos. O que é preciso informar a esse respeito? No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é rígido e bem regulamentado, há 20 anos. O Conselho Federal de Medicina exige dois exames clínicos realizados por médicos diferentes, além de um exame complementar. Todas as etapas do protocolo devem ser registradas no Termo de Declaração de Morte Encefálica. A CIHDOTT-HP acompanha todo este processo, esclarece dúvidas da família e também orienta e educa, continuamente, os profissionais envolvidos tanto no diagnóstico como no cuidado para a manutenção dos órgãos. Apesar de declarada a morte, os órgãos podem ser mantidos artificialmente, possibilitando o transplante para tratar doenças.

 

4. O HP é um centro de referência pioneiro na realização de transplantes de órgãos na Bahia. Ainda é possível maximizar esse resultado?

Sim. O histórico de êxitos e pioneirismo dos Programas de Transplantes de Fígado e de Rim do HP demonstra a efetividade desse tratamento cirúrgico e o potencial da Instituição para realizar mais cirurgias. Contudo, é preciso um maior número de doações para a atuação plena. O HP possui todos os recursos necessários e equipes altamente preparadas para cirurgias de alta complexidade, desde a captação até o transplante de órgãos. Toda esta estrutura de ponta evita que o doador seja transportado para outras unidades, otimiza o tempo necessário para a captação de órgãos, reduz a espera das famílias e de quem aguarda na fila por um transplante. Pacientes de Salvador, assim como de outros municípios brasileiros, podem ser beneficiados após uma série de testes e avaliações de compatibilidade.

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