Após 24 horas de internação hospitalar, cerca de 40% dos pacientes apresentam queixa de dor moderada a intensa. Mesmo depois de iniciar a terapia medicamentosa e receber todo o suporte hospitalar, um a cada dois pacientes permanece com queixa de dor. Estes dados, de publicações científicas recentes sobre quadros clínicos de dor crônica, revelam a importância de associar alternativas terapêuticas não farmacológicas aos métodos convencionais de tratamento da dor, para alívio de sintomas, reabilitação física e melhor qualidade de vida na hospitalização. A Fisioterapia é uma dessas estratégias. Integrado à equipe multidisciplinar, o fisioterapeuta lança mão de terapias personalizadas para cada paciente, buscando não apenas aliviar, mas, sobretudo, curar as dores físicas e disfunções associadas. “A dor nunca deve ser ignorada. O acompanhamento médico e fisioterapêutico busca prevenir e solucionar esse sintoma, proporcionando o resgate do bem-estar do paciente”, destaca o especialista do Serviço de Fisioterapia do Hospital Português, Caetano Souza.
Ainda que o uso de medicamentos gere benefícios, o fisioterapeuta observa que as dores musculoesqueléticas somente são sanadas após correção das alterações estruturais. Mesmo tendo origens diversas, a causa deste tipo de dor é sempre mecânica, ou seja, está relacionada a alguma mudança na estrutura ou função de músculos e/ou articulações. A incidência de internação por esses problemas, entre homens e mulheres, é semelhante, porém, com predomínio em pacientes idosos, sobretudo, nas áreas de clínica médica, clínica cirúrgica e ortopedia. “A partir destes dados epidemiológicos, observamos que as queixas de dor têm relação principal com problemas musculoesqueléticos e cefaleia (54%), doenças crônicas (37%), estágio pós-cirúrgico (6%), dentre outras causas (3%). Nesses pacientes, a Fisioterapia assume papel relevante na melhora e controle do quadro álgico, sendo o tratamento principal em 90% das causas de dor”, observa.
Entre os recursos mais empregados pela especialidade estão as liberações miofasciais e terapia de ponto gatilho, para sanar contraturas e disfunções de músculos e fáscias; mobilizações e manipulações articulares para equilíbrio, alinhamento e melhor desempenho articular; exercícios terapêuticos para ganho de força e/ou alongamento e flexibilidade muscular; correções de posicionamento e alinhamento biomecânico, visando melhora da postura e correção de deformidades. Outra técnica comumente utilizada no tratamento de dores é a eletroterapia, método que usa a eletricidade de modo terapêutico, através de aparelhos que promovem neuroestimulação elétrica transcutânea para tratar dores musculoesqueléticas. Já a termoterapia utiliza diferentes temperaturas (frio e calor) na área de dor, visando o controle inflamatório e relaxamento de tensões musculares. “Estes recursos melhoram a condição de pacientes com dores musculoesqueléticas e cefaleia, mas as técnicas de terapia manual, exercícios terapêuticos e posturologia são mais eficazes nestes casos. Alguns estudos, inclusive, atestam a Fisioterapia como tratamento principal da cefaleia tensional, uma das formas mais comuns de dor de cabeça”, informa.
No HP, o Serviço de Fisioterapia integra a assistência multidisciplinar formada por profissionais experientes e qualificados na arte do cuidado – médicos, cirurgiões, enfermeiros, técnicos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, fisioterapeutas, dentre outros colaboradores –, a fim de promover o restabelecimento da saúde dos pacientes e a qualidade de vida durante e após a hospitalização.
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