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Quatro décadas de dedicação à Nefrologia e ao HP — Hospital Português da Bahia

5 de julho de 2018

Quatro décadas de dedicação à Nefrologia e ao HP

05 July 2018

Quatro décadas de dedicação à Nefrologia e ao HPDos 40 anos de atividade do Serviço de Nefrologia e Hemodiálise do Hospital Português, Dra. Margarida Dutra esteve presente em todos eles. A médica presenciou a inauguração da Unidade, quando esta possuía apenas quatro máquinas de hemodiálise; acompanhou a expansão da infraestrutura de atendimentos na área e, sobretudo, participou ativamente, ao lado de colegas especialistas, da implantação, consolidação e desenvolvimento da Nefrologia no HP. Diante do sentimento de missão cumprida e da merecida aposentadoria, a médica deixa a liderança da Nefrologia do HP, exercida nos últimos 22 anos, para se dedicar à sua família, aos quatro netos e ao consultório médico. O seu legado para pacientes, colegas e jovens profissionais da residência médica inclui, especialmente, o amor à prática da Medicina e a busca diária e incessante pela superação de desempenho no acolhimento personalizado, humano e qualificado do paciente. Nesta entrevista, Dra. Margarida resgata parte da sua trajetória no HP e fala sobre os atuais desafios da Nefrologia. Confira!

1. A sua trajetória profissional se funde com parte da história do HP. Como é se aposentar, após tantos anos dedicados à Instituição?

Planejei este momento, por isso estou tranquila. Claro, sinto falta do convívio dos colegas e do ambiente de trabalho. Mas, tenho a sensação de ter realizado, com o apoio da Diretoria e dos colegas da Nefrologia, tudo o que esteve ao meu alcance para melhorar o atendimento ao paciente renal. Hoje, o HP oferece todos os tipos de Terapia Renal Substitutiva (TRS), como hemodiálise em três turnos, diálise peritoneal ambulatorial contínua e diálise peritoneal automática, para pacientes externos, além do Programa de Transplante Renal, com ambulatório diário. O Serviço realiza consultas e acompanhamento nefrológico para pacientes internados no HP e Maternidade, e atende diuturnamente, também, as UTI, nas demandas de hemodiálise, métodos dialíticos lentos e contínuos, utilizando equipamentos de última geração.

2. Na sua visão, quais os maiores avanços do HP na assistência ao paciente renal?
O Programa de Transplante Renal, pioneiro na Bahia, desde 1980, com excelentes resultados. Hoje, temos muitos pacientes com enxerto renal funcionando, há mais de 20 anos, e alguns já ultrapassando os 30 anos. Houve, ainda, grande avanço tecnológico nas máquinas de hemodiálise, proporcionando tratamento seguro, boa qualidade de vida e aumento na sobrevida dos pacientes. A diálise e o transplante se complementam.

3. Os profissionais da Nefrologia encontram quais desafios principais, na atualidade?
A Doença Renal Crônica (DRC) e a TRS representam um grande desafio, não só para o nefrologista, mas, principalmente, para os gestores da área de saúde, já que a demanda tem sido crescente. Salvador tem um déficit de vagas para hemodiálise, com cerca de 160 pacientes aguardando por uma vaga. Muitos seguem internados em hospitais públicos, por vários meses, ocupando vagas que poderiam atender pacientes de outras especialidades. É preciso medidas preventivas, oferecendo tratamento adequado nas principais doenças que levam à DRC: diabetes e hipertensão arterial. Outro desafio é aumentar o número de transplantes renais, liberando vagas para hemodiálise. O HP, como entidade filantrópica, sempre realizou hemodiálise e transplante renal para pacientes do SUS.

4. O quê os pacientes devem esperar nesta nova fase do Serviço?
Há o empenho da equipe multiprofissional, bem qualificada e motivada, para prestar a melhor assistência, aumentar o número de transplantes renais e ampliar o programa de Diálise Peritoneal, agora, sob a coordenação de Dra. Maria Fernanda Alves, muito bem preparada para o cargo.

5. Que mensagem a senhora deixa aos colegas e colaboradores do HP?
Saber ouvir e acolher os pacientes com compaixão, porque qualquer doença nos fragiliza, particularmente, as doenças crônicas, como a DRC. Manter-se atualizado com os avanços da Medicina, além de saber trabalhar em equipe. Acho que consegui deixar esta marca no Serviço, pelas manifestações de carinho que recebi dos pacientes, colegas e equipe multiprofissional, em minha despedida. Aproveito para deixar um abraço a todos do HP, em especial, colaboradores e pacientes da Nefrologia, com os quais convivi mais de perto, e à Diretoria, pelo apoio permanente, em todos estes anos.

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