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Ronco pode indicar problemas com a saúde

6 de agosto de 2018

Mais do que um ruído desagradável, capaz de desarmonizar relações, o ronco intenso e recorrente é um sintoma patológico e, em muitos casos, um indício claro da existência de outras disfunções relacionadas à qualidade do sono. A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono é um exemplo, dentre os mais de 70 tipos de doenças associadas ao ato de dormir. Nos adultos, este distúrbio é caracterizado por paradas respiratórias, de pelo menos dez segundos, com consequente redução da oxigenação sanguínea, podendo gerar problemas cardiovasculares ou piora de condições preexistentes, como hipertensão arterial, arritmias e infarto agudo do miocárdio.

Coordenador do Laboratório do Sono do Hospital Português, Dr. Francisco Hora destaca a importância de observar quando o ronco deixa de ser ocasional, surgindo, apenas, em situações específicas (após a ingestão de bebidas alcoólicas, cansaço, aumento de peso), e passa a ser uma condição frequente. “Nesses casos, é necessário buscar o acompanhamento especializado, a fim de diagnosticar a causa do ronco, através do exame de Polissonografia, e iniciar um tratamento efetivo, capaz de controlar ou sanar o problema e devolver a sensação de bem-estar”, orienta.

O ronco, vinculado à Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, quase sempre está relacionado aos seguintes fatores, de acordo com o especialista: histórico familiar da doença, presença de obesidade, ser do sexo masculino, possuir aumento de tecido na região da faringe, possuir disfunções endócrinas (hipotireoidismo), hipertensão arterial sistêmica, hipertensão pulmonar, arritmia associada ao sono, refluxo gastroesofágico, insônia, dentre outros. “Por meio da avaliação da história de vida do paciente, complementada pelo exame de Polissonografia, é possível estabelecer o diagnóstico da causa do ronco, com precisão, e da apneia do sono, quando correlacionada”, informa.

Considerada padrão ouro no diagnóstico dos distúrbios do sono, a Polissonografia é uma avaliação minuciosa, realizada a partir do registro de múltiplas variáveis fisiológicas do paciente, durante o sono, tais como: respiração, oxigenação sanguínea (oximetria), movimentação dos olhos (eletrooculograma), ronco, posição corporal, atividade muscular (eletromiograma) e atividade elétrica cerebral (eletroencefalograma). “A alta precisão diagnóstica da Polissonografia é fundamental, pois, a partir dela, é estabelecido todo o plano terapêutico”, destaca o médico.

No Laboratório do Sono do Hospital Português, o exame é realizado em pacientes a partir dos 12 anos de idade, utilizando tecnologia de ponta na monitoração multiparamétrica do sono. A infraestrutura do Serviço prioriza a tranquilidade e o conforto do paciente, durante a realização do exame, oferecendo suítes individualizadas com ar condicionado e acompanhamento de profissionais treinados exclusivamente para o procedimento. Em média, são necessárias seis horas de sono noturno, no local, para o registro de informações suficientes ao diagnóstico clínico.

Dr. Francisco observa, ainda, que esse momento é considerado um divisor de águas, por portadores de distúrbios do sono, de diferentes gerações, representando um marco no resgate da qualidade de vida. “O sono é essencial a todo ser humano, de todas as idades. É quando o organismo se regenera, para alcançar o pleno desempenho nas suas funções vitais. Logo, quem dorme bem tem melhor raciocínio e memória, controla melhor o apetite e o peso, melhora o humor e a sensação de bem-estar. Tudo isto resulta em uma melhor qualidade de vida”, conclui.

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