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Homenagem ao mestre, Dr. Rodolfo Teixeira, com carinho

19 de novembro de 2018

Mais do que revelar a passagem dos anos, os cabelos alvos de Dr. Rodolfo dos Santos Teixeira denunciavam a sabedoria conquistada somente por aqueles que receberam, como dádiva, uma vida longa e rica em experiências. No caso do professor e médico Infectologista, as vivências pessoais e profissionais (na área acadêmica e da saúde), notadamente, avultaram a sua serenidade peculiar.

Amante do conhecimento, Dr. Rodolfo dedicou-se à diversas áreas, sobretudo, à área de Infectologia. Liderou essa especialidade no Hospital Português (HP), onde atuou e manteve relacionamento estreito por mais de 60 anos, tendo colaborado de inúmeras formas com a Instituição filantrópica, inclusive, na condição de presidente do Centro de Estudos Prof. Dr. Egas Moniz.

O desempenho singular do infectologista, por diversas vezes, o fez protagonista de homenagens, ora concedidas pelo HP, ora por outras entidades da saúde. Foi assim, quando a comunidade médica soteropolitana reuniu-se para o reverenciar com a entrega da Medalha de Alto Mérito (honraria máxima da Faculdade de Medicina da Bahia), por ocasião do seu aniversário de 80 anos; e, mais recentemente, quando o HP o homenageou, com a criação da Sessão Clínica Dr. Rodolfo Teixeira, em 2017; mesmo ano de entrega da placa comemorativa por suas contribuições no âmbito do controle das infecções.

A docência foi outra atividade exercida com maestria por Dr. Rodolfo. Como professor de Infectologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – local onde conquistou o diploma de médico – e na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, o médico compartilhou saberes e semeou novos conhecimentos. A propósito, o prazer de ensinar e de estar próximo aos jovens foi o motivo pelo qual, o então jovem médico, ingressou na sala de aula, como professor.

De fato, o trabalho, em qualquer idade, desempenhava papel essencial para Dr. Rodolfo. Em declaração ao Jornal Mural do Hospital Português, há seis anos, ele disse: “Assumir uma determinada função é condição passageira. Ganhar dinheiro é importante, mas, a maior conquista proporcionada pelo trabalho é o bem-estar. Trabalhar é participar da vida, contribuir. O idoso deve manter-se em atividade. Ocupar a mente. E quando preciso for, deve visitar o seu ‘jardim secreto’, pois, neste lugar interior encontram-se todas as sementes plantadas que germinaram e floresceram, mesmo que os outros não saibam disso”.

Casou-se com a enfermeira Lívia Augusto da Silva, que foi sua companheira por mais de seis décadas. Tiveram seis filhos, 14 netos e seis bisnetos. Alguns dos seus descendentes escolheram atuar na área de saúde; tem uma filha enfermeira, uma nutricionista e quatro netos médicos. “A família é a perpetuação. Através dela a vida nunca acaba. Há sempre uma continuidade”, dizia ele.

Diante da inevitável despedida, os muitos amigos e colegas de atividade de Dr. Rodolfo guardarão muito mais que saudades. Ser humano diferenciado e profissional reconhecido por contribuições importantes à medicina, o médico infectologista e mestre deixa um relevante legado na área de Ensino e Pesquisa do Hospital Português e de diversas Instituições de educação e saúde da Bahia. O HP, representado pela diretoria executiva e por seus colaboradores, se solidariza com a família do professor, dedicando os mais sinceros sentimentos.

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