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Saúde auditiva e bons hábitos

19 de novembro de 2018

Evidências científicas mostram que uma rotina de refeições balanceadas – isto é, que incluem porções de diferentes grupos alimentares – faz um bem enorme para o corpo todo e, também, para a capacidade auditiva. Um estudo nessa área observou 80 mil mulheres norte-americanas, por duas décadas, e a influência de suas boas escolhas alimentares no aparelho auditivo. O resultado, publicado no Journal of Nutrition, mostrou que uma alimentação nutritiva, no dia a dia, protege a audição e reduz, em cerca de 30%, o risco de perda progressiva deste sentido.

Especialista do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Português, Dra. Loren Britto destaca que mais de 28 milhões de brasileiros apresentam surdez ou alguma perda auditiva, na atualidade, e recomenda uma rotina de hábitos saudáveis, inclusive na hora das refeições, para ampliar as chances de preservar a audição ao longo da vida. Confira, a seguir, as orientações da otorrinolaringologista!

Qual o papel da alimentação para a saúde auditiva?

A dieta saudável é importante na prevenção da perda auditiva e para evitar sua progressão, mas não é capaz de reverter uma perda já instalada. O funcionamento do ouvido interno está diretamente ligado ao nosso organismo em geral, por isso, fatores diversos, como alterações metabólicas, cardiovasculares e neurológicas, podem influenciar a saúde auditiva. Se não estamos saudáveis, temos uma maior susceptibilidade a desenvolver perdas auditivas. Então, uma alimentação balanceada, além de nos manter saudáveis, ajuda a prevenir ou retardar uma perda auditiva.

Existem alimentos que devem ser evitados por causar danos auditivos, em longo prazo?

Alimentos que contenham açúcar, sal, cafeína, gorduras e álcool têm um maior potencial de causar distúrbios no funcionamento do ouvido interno. Assim, é importante evitar o excesso desses alimentos e aumentar a ingestão daqueles com potencial antioxidante, como as frutas cítricas e vermelhas, fibras (aveia, linhaça), açafrão, entre outros.

Quais os principais fatores associados à perda de capacidade auditiva e surdez, em crianças, adultos e idosos?

Diversos fatores podem desencadear a perda auditiva, sendo que alguns podem ser evitados e outros não, como as causas relacionadas à genética, idade, infecções, inflamações e tumores. Já os fatores que podem ser modificados incluem: problemas cardiovasculares, doenças metabólicas, obesidade, exposição a ruídos elevados, uso de medicamentos que danificam o sistema auditivo (ototóxicos), abuso alimentar, tabagismo e etilismo.

O que fazer para evitar danos auditivos?

Sabendo que muitos fatores prejudiciais ao sistema auditivo podem ser prevenidos, é importante estar atento a esses riscos. Deve-se evitar a exposição a ruídos elevados, o uso de fones de ouvido, o uso de medicações sem orientação médica, a ingestão de bebidas alcoólicas em excesso, assim como, o tabagismo. Manter hábitos de vida saudáveis, fazer atividades físicas regulares, ter uma dieta balanceada com alimentos antioxidantes é essencial para prevenir a perda auditiva. Pessoas que já possuem uma tendência genética para perdas auditivas, devem redobrar os cuidados.

Quais sinais indicam que é preciso procurar um especialista?

Diante de qualquer alteração na percepção do som, dificuldades para compreensão, assim como zumbidos, sensação de ouvido tamponado e/ou desequilíbrios, é indicada a avaliação imediata do médico otorrinolaringologista. Quanto mais precocemente é detectado um problema auditivo, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

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