Os olhos merecem atenção o ano inteiro, como forma de prevenir e tratar os diferentes problemas que afetam a visão. Mas, em dias de calor intenso, maior exposição ao sol, férias e diversão característica da alta estação, o cuidado com a saúde ocular deve ser intensificado. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SOB) recomenda adotar medidas preventivas para afastar o risco de sintomas comuns no verão, como olhos irritados (vermelhos), com sensação de areia ou corpo estranho, e fotofobia (desconforto com a luminosidade). Nesta entrevista, a especialista do Serviço de Oftalmologia do Hospital Português, Dra. Nayra Mascarenhas, orienta como enfrentar os meses mais quentes do ano, sem comprometer a saúde dos olhos. Confira!
1. Óculos de sol e/ou chapéus são as melhores formas de proteger os olhos dos raios ultravioleta? Quais os cuidados necessários para utilizar esses acessórios?
Sim! Os óculos de sol e chapéus exercem função muito importante na proteção dos olhos. A incidência direta dos raios ultravioleta expõe as estruturas intraoculares, podendo promover lesões na córnea e retina, além de doenças como catarata e pterígio (formação de membrana sobre o globo ocular). Os óculos solares devem ser certificados e o consumidor deve estar atento, no ato da compra, quanto à presença de filtro UVA/UVB nas lentes – proteção adequada para barrar os efeitos nocivos do sol. Usar óculos solar sem filtro pode causar danos ainda mais expressivos do que aqueles sofridos por quem nunca usa essa proteção.
2. Utilizar lentes de contato na praia ou piscina requer cuidados específicos? Quais? E no caso de quem pratica esportes aquáticos, como natação?
Usuários de lente de contato devem ter atenção redobrada na praia e piscina, onde há maior exposição à água potencialmente contaminada, aumentando o risco de infecção ocular. Ao mergulhar no mar, devem fechar os olhos para não respingar água, sendo mais seguro usar lentes de contato descartáveis, para retirá-las o mais rápido possível, após sair da praia ou piscina, e jogá-las no lixo. Praticantes de esportes aquáticos, que utilizam lentes de contato, devem colocar óculos específicos para mergulho, evitando o contato da água nos olhos; mesmo assim, é recomendado descartar as lentes ao terminar a atividade.
3. Que tipo de atenção é necessária ao usar maquiagem para os olhos, no período mais quente do ano?
Com o calor excessivo, a maquiagem e os produtos utilizados na face podem derreter e afetar diretamente a região dos olhos, causando irritação e alergias. Na praia e piscina, é recomendado aplicar cosméticos de forma moderada, priorizando o uso de protetor solar em toda a face, protetor labial e chapéu. Se algum produto cair nos olhos, deve-se lavar abundantemente com soro fisiológico e usar lágrimas artificiais. O oftalmologista deve ser consultado se a irritação ou desconforto persistirem.
4. A exposição prolongada à luz artificial de aparelhos eletrônicos (celulares, televisores, computadores, dentre outros) oferece maior risco à visão, nos dias quentes? Como utilizar essas tecnologias sem prejudicar os olhos?
A luz artificial de aparelhos eletrônicos, especialmente a luz azul, é comprovadamente maléfica para os olhos, pois antecipa diversas patologias retinianas. Tais efeitos nocivos podem ser reduzidos com uso consciente e moderado desses equipamentos; ajuste da luminosidade das telas (se o ambiente for iluminado, o brilho deve ser aumentado para reduzir os reflexos); descanso de 15 a 20 minutos a cada 2 horas de uso e manutenção de distância mínima de um antebraço da tela. Aproveite o verão para se expor à luz natural e saudável, assim você reduz o impacto das luzes artificias sobre os seus olhos!
5. Por que a proliferação de infecções oculares, como conjuntivites, é mais comum na alta estação? Como evitar o contágio por essas doenças?
Temperaturas mais elevadas, maior umidade do ar, maior aglomeração de pessoas e maior contato com água de piscina fazem do verão a estação com maior taxa de infecções oculares. A prevenção requer: lavagem frequente das mãos, especialmente antes e após contato com os olhos; não mergulhar de olhos abertos; não compartilhar óculos de mergulho e evitar coçar os olhos. Em geral, a conjuntivite é autolimitada, dura de 5 a 8 dias, tendo cura espontânea. Para aliviar os sintomas e evitar o agravamento, deve-se fazer compressas geladas com água filtrada ou soro fisiológico, usar óculos escuros, não esfregar os olhos e limpar as secreções com lenço de papel descartável. Embora seja uma ocorrência simples, o oftalmologista deve ser consultado se não houver melhora em três dias.
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