12 de dezembro de 2018
Entre apelos profissionais, pessoais e tecnológicos, muitas pessoas encontram dificuldade para manter um padrão de sono adequado, no dia a dia. Essa dificuldade para dormir pode se acentuar no período de férias, quando há uma quebra da rotina, predomínio de momentos de lazer e até mesmo privação total do sono, conforme observa o coordenador do Laboratório do Sono do Hospital Português, Dr. Francisco Hora. “Hoje, o sono concorre com as inúmeras distrações do estilo de vida moderno, especialmente nos momentos de folga. Há, inclusive, quem considere dormir uma perda de tempo, embora diversos estudos mostrem que uma boa noite de sono gera equilíbrio físico e mental”, ressalta.
Os ganhos proporcionados para quem dorme bem incluem: bom humor, maior disposição, maior concentração e capacidade de aprendizagem; imunidade elevada e, claro, proteção da saúde, só para citar alguns benefícios cientificamente comprovados. Para não abrir mão de tudo isto, mesmo nas férias, o especialista recomenda atentar para algumas atitudes e realizar, se preciso, mudanças no comportamento.
Relaxar é condição essencial ao bem-estar, mas os exageros devem ser evitados para não sobrecarregar o organismo, nem desregular o relógio biológico”, orienta. Por isso, nos dias de folga, é tão importante manter horários regulares para dormir, acordar e comer. Também é interessante fazer refeições leves, de fácil digestão, nas horas que antecedem o sono, e evitar alimentos estimulantes, contendo cafeína, por exemplo. Outra dica, antes de ir para a cama, é vestir roupas confortáveis para adormecer e fazer atividades relaxantes, como os exercícios de alongamento.
O local de dormir também interfere na qualidade do sono. O especialista recomenda que o quarto seja um ambiente tranquilo e confortável, com temperatura agradável e sem estímulos sonoros e luminosos, de aparelhos eletrônicos ou janelas, porque a produção de melatonina – hormônio regulador do sono e responsável por níveis de descanso reparador – está diretamente ligada à escuridão. É por isso que dormir e ter um sono reparador nem sempre são a mesma coisa. “Uma evidência muito clara, de que esta necessidade fisiológica fundamental não está sendo suficientemente suprida, é o aparecimento frequente de sintomas como cansaço, alterações de humor, dor de cabeça, ganho de peso, redução da libido, dificuldade de concentração, dentre mais de 70 tipos de distúrbios associados ao sono”, informa.
Avaliação da qualidade do sono
Embora a duração ideal do sono varie de pessoa para pessoa, o aparecimento de distúrbios é um sinal de que o descanso noturno não está sendo reparador. Nestes casos, é recomendado investigar o padrão sono-vigília e as causas dos distúrbios do sono, através do exame de Polissonografia. O diagnóstico é feito após uma avaliação minuciosa das variáveis eletrofisiológicas, registradas simultaneamente: atividade elétrica cerebral (eletro-encefalograma), movimento dos olhos (eletro-oculograma), atividade muscular (eletromiograma), frequência cardíaca, fluxo e esforço respiratório, oxigenação sanguínea (oximetria), ronco e posição corpórea. “Se nada melhora a qualidade do sono é hora de buscar ajuda especializada, porque, dormir bem é condição essencial para o bem-estar geral e uma vida plena”, finaliza o especialista.
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