O mal-estar que acompanha o dia seguinte à ingestão desmedida de bebidas alcoólicas, a famosa ressaca, é apenas um indício dos danos que essa substância psicoativa pode causar no organismo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta mais de 200 tipos de problemas de saúde diretamente relacionados ao consumo de álcool: distúrbios mentais e comportamentais (incluindo dependência), doenças não transmissíveis graves (cirrose hepática, câncer, doenças cardiovasculares, entre outras), são alguns exemplos. Isso sem falar da violência e dos acidentes de trânsito associados a estados de embriaguez e comprometimento da consciência. Médico clínico do Ambulatório Vida Saudável e da Emergência Geral do Hospital Português, Dr. Ícaro Jorge lembra que essas consequências afetam pessoas de todas as idades, sobretudo os mais jovens, em momentos de lazer. “A palavra de ordem, na hora de misturar diversão e consumo de bebidas, seja um chope, cerveja ou drink, é moderação”, recomenda.
O especialista explica que os efeitos da bebida alcoólica, no organismo, são determinados pela quantidade ingerida, pelos padrões de consumo e, em raras situações, pela qualidade do álcool. “Os impactos da bebida no organismo de uma pessoa saudável e que não tem o hábito de beber, mas que abusou no consumo, ocasionalmente, podem ser similares ao de um dependente etílico, de acordo com a concentração de álcool presente na circulação sanguínea”, observa.
Assim, quem sorve doses seguidas, de bebidas alcoólicas, pode gerar uma sobrecarga sistêmica nos órgãos envolvidos na metabolização do etanol ingerido, especialmente o fígado e o pâncreas, que vão precisar trabalhar mais para viabilizar a excreção. O cérebro feminino, em geral, é afetado mais rapidamente pelas doses a mais, de bebidas alcoólicas, do que o masculino. Entretanto, uma vez que o sistema nervoso central, de homens e mulheres, permanece sob o efeito do álcool, ambos sofrem com a diminuição dos reflexos, dos níveis de atenção e memória. Caso a ingestão excessiva de bebidas prossiga, o nível de intoxicação do organismo aumenta, juntamente com a chance de um coma alcoólico, pondo a vida em risco.
A saída, para evitar essa situação extrema, na avaliação do médico clínico, é não exagerar. “O momento de lazer entre amigos, não necessariamente, precisa ser regido pelo consumo sucessivo de bebidas alcoólicas. A diversão é plenamente possível com doses de entusiasmo e alegria”, pondera. Mas, se ainda assim, a opção for bebericar, o médico recomenda algumas medidas que ajudam a preservar a integridade do organismo e evitar os sintomas indesejáveis da ressaca, como enjoo, diarreia e dor de cabeça. “O consumo de bebidas, por pessoas saudáveis, deve ser moderado e concomitante ao consumo de água, para hidratar o corpo e retardar a absorção do álcool. Também é preciso estar bem alimentado, para minimizar os efeitos danosos durante e após o consumo. Pessoas com doenças diagnosticadas devem evitar a ingesta alcoólica, jamais interromper as medicações de uso contínuo e manter o acompanhamento regular com o seu médico”, finaliza.
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