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Condição cardiovascular feminina

5 de abril de 2019

As características femininas incluem singularidades, também, relacionadas à saúde cardiovascular. Doenças nesse âmbito são, ainda, as principais causas de mortalidade de mulheres, especialmente, as mais jovens. Por outro lado, o infarto agudo do miocárdio (problema mais incidente em homens) tem risco aumentado na menopausa. Disfunções cardíacas graves e relativamente raras, como alguns tipos de miocardiopatias, também são mais presentes ou específicas na mulher. A Miocardiopatia Periparto é um exemplo relacionado, sobretudo, ao último mês da gestação. Outra condição com mais de 80% dos casos presentes no público feminino é a Cardiomiopatia Induzida pelo Estresse, conhecida, também, como síndrome do coração partido ou Takotsubo.

Esses fatos revelam a importância de prevenir as doenças cardiovasculares femininas. Os fatores de risco primário incluem: tabagismo, ter mais de 55 anos de idade, possuir uma doença vascular aterosclerótica já estabelecida, apresentar hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, diabetes mellitus, síndrome metabólica (englobando obesidade abdominal, hipertensão, diabetes e dislipidemia) ou insuficiência renal crônica; ter parentes de primeiro grau (homens, com menos de 50 anos, e mulheres, com menos de 60 anos) com história de doença coronariana precoce; estar na fase da pós-menopausa; apresentar estresse emocional, doenças reumatológicas ou inflamatórias e complicações relacionadas à gestação – como eclampsia, pré-eclampsia, hipertensão e diabetes gestacional.

Estudos clínicos relacionados à prevenção e ao tratamento das doenças cardiovasculares femininas constataram outras singularidades, por exemplo: um baixo índice de colesterol protetor (HDL) oferece risco coronariano maior do que taxas elevadas de colesterol ruim (LDL); e, ainda, mulheres com problemas de diabetes têm risco maior para doenças cardiovasculares, em relação aos homens com esta doença. O estudo Women’s Health Initiative (WHI), com 160 mil mulheres na menopausa, também revelou evidências que modificaram totalmente as práticas de reposição hormonal. Antes, realizada amplamente para prevenir problemas associados à menopausa (como aterosclerose), mesmo na ausência de sintomas importantes do climatério, hoje, sabe-se que a terapia de reposição hormonal aumenta o risco de acidente vascular cerebral, na mulher. Desde o estudo, a recomendação é não prescrever essa terapia, na pós-menopausa, visando prevenir a doença coronariana.

O tratamento das doenças cardiovasculares é similar em homens e mulheres, mas merece atenção especial no público feminino devido a algumas particularidades. Mulheres idosas, que utilizam medicamentos redutores do colesterol (estatinas), são mais propensas a desenvolver Miopatia. Gestantes e lactantes em tratamento de doenças cardiovasculares (como hipertensão e insuficiência cardíaca) devem usar medicamentos específicos e evitar diversas medicações comumente empregadas, que causam efeitos prejudiciais ao feto e às crianças que consomem leite materno.

O acompanhamento médico periódico é a melhor forma de a mulher conhecer a sua condição cardiovascular, para prevenir e tratar doenças precocemente. O Hospital Português oferece um arsenal diagnóstico completo, abrangendo exames de laboratório e cardiológicos de imagem – como Ecocardiograma, Ressonância Cardíaca, Cintilografia Miocárdica e Cineangiocoronariografia. Cuide-se!

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Revista Imagem Real