Asma: desinformação dificulta adesão correta ao tratamento
26 de junho de 2019
Quarta causa principal de hospitalização, no Brasil, a asma responde por 350 mil internações anuais, no Sistema Único de Saúde (SUS), conforme dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). O Ministério da Saúde aponta presença do problema respiratório crônico em mais de 6,4 milhões de adultos brasileiros. Estes números alarmantes expõem uma situação que leva a maioria das pessoas com o problema a não realizar um tratamento especializado efetivo: a desinformação. Por falta de conhecimento sobre a doença e os sintomas característicos (tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar, desconforto torácico e respiração rápida e curta), apenas 12% dos casos de asma estão controlados, no País. Pneumologista do Hospital Português, Dra. Marta Leite reitera que o contingente de pessoas que faz o acompanhamento médico regular e uso adequado das medicações para asma, ainda está longe do ideal.
“As campanhas educativas já respondem, hoje, por um melhor controle dessa condição clínica, em relação ao passado. Mas é preciso conscientização maior da comunidade sobre a importância do cuidado contínuo para melhorar o engajamento”, avalia a especialista.
Como a asma não tem cura, aderir ao tratamento especializado é o único meio capaz de controlar a doença, efetivamente, e recuperar a qualidade de vida. Fazer o uso adequado dos medicamentos, seguindo a duração e as doses prescritas para a necessidade pessoal, é condição essencial no controle e, até, eliminação dos sintomas. Essa orientação é válida para pessoas de todas as idades. “A terapia é individualizada. Conforme a intensidade e presença de sintomas e a resposta do paciente, pode ser preciso ajustar as medicações, ao longo do tempo. Esse entendimento e a aceitação de que a terapia é para a vida toda, ajudam a evitar interrupções, diante de alguma melhora na saúde, sem que haja uma avaliação médica prévia”, ressalta a especialista.
As causas da asma ainda não estão bem definidas, mas têm relação com fatores genéticos (como obesidade e história familiar de alergias respiratórias, asma ou rinite) e fatores ambientais (contato com ácaros, fungos, pelos de animais, infecções por vírus, fumaça de cigarro, poluição, ar muito frio e seco, entre outros). Tais fatores são suficientes para desencadear os sintomas alérgicos em pessoas sensíveis ou, mesmo, potencializá-los em diferentes níveis de gravidade. Assim, o sucesso terapêutico tem vínculo, também, com um diagnóstico preciso, considerando a história do paciente e as reações apresentadas. Para confirmar a suspeita clínica, podem ser solicitados exames complementares, como a Prova de Função Respiratória (Espirometria) e a Prova de Função Pulmonar.
Diante de reações características da asma, a pneumologista orienta buscar atendimento especializado para uma avaliação detalhada. “Não tratar a doença afeta a saúde em geral, pode gerar complicações com o tempo e até ser fatal. Evitar o cuidado apenas nas crises e procurar um médico de confiança para manter o acompanhamento contínuo é a melhor forma de lidar com o problema”, recomenda a pneumologista.
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