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Clima quente, suor e pouca ingestão de líquidos elevam risco de cálculos renais

11 de fevereiro de 2020

Os dias ensolarados, na alta estação, são verdadeiros convites para saídas ao ar livre – até a praia, piscina ou, mesmo, um mero passeio pela praça do bairro. Seja qual for a situação, é essencial ter uma garrafa de água sempre por perto para garantir uma hidratação adequada. Consumir, em média, 2,5 litros de água, por dia, é a recomendação do Ministério da Saúde, mas, o organismo pode precisar de uma reposição de líquidos ainda maior para se manter saudável e evitar um problema comum em regiões quentes, como o Nordeste brasileiro: os cálculos renais. Especialista do Centro de Urologia Hospital Português, Dr. Maurício Monte adverte que as altas temperaturas, o consequente aumento do suor e a baixa ingestão de água, intensificam a perda de líquidos do organismo, criando um ambiente propício ao surgimento de cálculos nos rins.

Fatores de risco

O urologista explica que a coloração clara da urina é um indício de boa hidratação. Do mesmo modo, a urina de cor mais acentuada revela baixa ingestão de líquidos ou uma maior transpiração. “Há uma relação inversamente proporcional. Quanto mais você transpira, menos produz urina. Com o tempo, essa concentração de sedimentos de sais minerais no aparelho urinário leva à formação de cálculos renais, as conhecidas pedras nos rins”, observa o médico. A patologia pode ocorrer em pessoas de todas as idades, estando associada, também, à genética, obesidade, hipertensão arterial, gota, diabetes, idade superior a 40 anos, ao uso de medicações específicas, aumento rápido de peso e ser do sexo masculino.

Prevenção

No Nordeste, como a sensação de calor predomina o ano inteiro, o urologista orienta prevenir os cálculos renais mantendo um nível de hidratação compatível com o estilo de vida. “Equilibrar a ingestão e o gasto de líquidos é essencial ao desempenho pleno do corpo. Crianças, adultos e idosos devem manter níveis adequados de hidratação, considerando o peso corporal e os hábitos de rotina, como a prática exercícios físicos, exposição ao sol, alimentação, entre outros fatores, sobretudo, no clima quente”, informa, ressaltando que as atitudes saudáveis estão ao alcance de todos. Outro cuidado importante é com a alimentação, devendo-se priorizar alimentos naturais e evitar produtos industrializados (como os embutidos e derivados do leite), assim como, o consumo em excesso de proteínas e frutos do mar.

Sintomas e tratamento

O cálculo renal pode não apresentar sintomas comuns, como dor e infecção urinária; favorecendo a ausência de tratamento inicial e o comprometimento completo da função dos rins. Evitar o avanço silencioso do problema requer checar a função renal, pelo uma vez por ano, com exames de imagem, como raio X, ultrassom e tomografia computadorizada. Dr. Maurício Monte explica que o tratamento varia de acordo com o tipo e o tamanho do cálculo apresentado. “Uma alternativa ao tratamento convencional (cirúrgico) é a Litotripsia Extracorpórea, método minimamente invasivo indicado para cálculos menores, com no máximo 2,0 centímetros”, informa o urologista. O procedimento é realizado no Serviço de Litotripsia do HP com o moderno aparelho alemão Dornier Compact Sigma – tecnologia de última geração que oferece performance precisa na emissão de ondas eletromagnéticas para quebra da pedra renal com o paciente sob sedação (para evitar movimentação ou desconforto). “A eficácia do tratamento é ampliada com acompanhamento ambulatorial e revisões anuais”, finaliza.