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Mais velhos pedem cuidados especiais para se proteger do novo coronavírus

15 de abril de 2020

Em franco processo de envelhecimento, o Brasil já concentra uma população de mais de 30 milhões de idosos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além dos desafios próprios da idade, os mais velhos enfrentam, hoje, a necessidade de estabelecer cuidados especiais para preservar a saúde. Em meio à ameaça de contágio pelo novo coronavírus, o distanciamento social é uma das ações preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde (MS). Embora modifique significativamente a rotina das famílias, a medida traz benefícios, sobretudo, aos mais vulneráveis, como explica o geriatra e gerontologista do Hospital Português (HP), Dr. Márcio Peixoto.

“É importante lembrar que o idoso apresenta um desgaste natural dos mecanismos de defesa do organismo e, muitas vezes, desenvolve problemas de saúde comuns ao envelhecimento. Esta condição torna pessoas com mais de 65 anos de idade suscetíveis ao adoecimento e, inclusive, a complicações associadas. Desse modo, a quarentena é uma forma adicional de proteger a saúde das pessoas que estão no grupo de risco, no contexto atual de pandemia da Covid-19”, enfatiza o especialista.

Para o caso de ser preciso combater agentes patogênicos, é interessante que o idoso reforce alguns hábitos que ajudam a manter o sistema imunológico em boas condições. A recomendação do geriatra é seguir antigas orientações médicas, ainda que seja preciso uma adaptação às exigências do momento presente:

1)     Manter o corpo em movimento, praticando exercícios rotineiros adequados à capacidade de realização pessoal;

2)     Exercitar o raciocínio e a memória com atividades de estímulo à função cognitiva e ao desenvolvimento da criatividade, memorização e parte motora;

3)     Estabelecer horários para realizar as refeições;

4)     Eliminar o consumo de produtos industrializadas (ricos em gorduras e sal)

5)     Priorizar refeições equilibradas, contendo alimentos naturais (legumes, frutas e verduras);

6)     Respeitar os horários de dormir e acordar, buscando usufruir de horas de sono reparador;

7)     Evitar aborrecimentos e estresse, cultivando momentos de lazer e descontração;

8)     Cuidar das emoções, desenvolvendo laços familiares e de amizade saudáveis;

9)     Utilizar as medicações corretamente, seguindo a prescrição médica;

10)  Realizar o acompanhamento médico e check-up clínico de rotina;

11)  Beber 2 litros de água por dia, em média, para se manter hidratado e proteger a imunidade.

 

Esse conjunto de cuidados, de acordo com Dr. Márcio Peixoto, somado ao distanciamento social necessário durante a quarentena, contribui para preservar a imunidade do idoso e afastar o risco de adoecimento. “O momento pede atenção maior com os mais velhos e vulneráveis como forma de prevenção. Contar com o apoio da família e de amigos é muito importante para que o idoso se adapte mais facilmente às mudanças necessárias do período e minimize os impactos ao seu bem-estar e qualidade de vida. É hora de compensar as restrições dessa fase transitória com muito acolhimento, solidariedade e afeto”, finaliza o especialista.