Um dos problemas de saúde pública mais frequentes no mundo, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) atinge mais de 30 milhões de brasileiros. Como não há presença de sintomas, muita gente não sabe que possui a chamada “pressão alta”. Logo, apenas 10% dos hipertensos realizam o controle adequado da doença crônica, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). Se não for tratado, o problema gera sobrecarga no coração e com o tempo compromete, também, outros órgãos. Já o tratamento efetivo eleva o bem-estar, a expectativa de vida e reduz em cerca de 80% o risco para problemas cardiovasculares graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), como destaca o cardiologista do Serviço de Arritmia do Hospital Português (HP), Dr. Alexsandro Alves Fagundes.
“A HAS é uma doença multifatorial que provoca aumento importante do risco de eventos cardiovasculares fatais. Ter um estilo de vida saudável, com prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada (contendo pouco sódio e gorduras) e acompanhamento médico periódico, é a melhor forma de prevenir e tratar precocemente a enfermidade”, orienta. O alerta médico se deve a vinculação frequente da doença com fatores de risco evitáveis como sedentarismo, estresse, má alimentação, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obesidade e diabetes. Monitorar os fatores de riscos não modificáveis (afrodescendência, ser mulher, ter idade avançada e herança genética) também contribui para a prevenção.
As diretrizes brasileiras de hipertensão arterial preconizam como 130 x 80 mmHg os níveis ideais de pressão sanguínea nas artérias. Valores superiores a esses requerem investigação médica para o diagnóstico e a definição de medidas terapêuticas efetivas, envolvendo uso de medicamentos específicos associados a mudanças de hábitos.
Grupo de risco da Covid-19
Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, os portadores de HAS se viram incluídos no grupo de maior risco de complicações e óbitos da Covid-19. “Embasada na melhor evidência disponível até o momento e na opinião de especialistas” sobre a nova doença, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) recomenda que “pacientes infectados pelo novo coronavírus, que tenham hipertensão arterial ou diabetes ou insuficiência cardíaca, e estejam em uso de medicamentos (iECA ou BRA) para essas patologias, devam ser acompanhadas adequadamente”.
A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), “em consonância com o posicionamento de diversas sociedades médicas internacionais, reforça a recomendação para a continuidade do tratamento com esses medicamentos (iECA ou BRA), devido à falta de evidências científicas para a hipótese levantada sobre efeitos adversos desses agentes, que aumentariam o risco de infecção e a gravidade da doença pelo coronarvírus”.
Dr. Alexsandro observa que, por se tratar de uma doença nova, os conhecimentos sobre a Covid-19 são ainda incipientes, sendo preciso mais estudos para obtenção de evidências científicas e dados mais conclusivos relacionados a presença de comorbidades. “O que podemos orientar ao paciente com hipertensão é que mantenha o uso regular de suas medicações, seguindo a prescrição do seu médico de confiança, visando o controle da pressão arterial e de doenças associadas”, finaliza o cardiologista.
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