Entenda porque portadores de obesidade estão no grupo de risco
22 de maio de 2020
Mais propensos ao desenvolvimento de diversas patologias, os portadores de obesidade estão no grupo de risco para a presença de quadros clínicos mais graves na infecção pelo novo coronavírus. Médica endocrinologista do Hospital Português (HP), Dra. Maria Creusa Rolim informa que essa condição se deve a dois fatores principais: uma inflamação orgânica frequente e persistente em decorrência do excesso de peso e a dificuldade na mecânica respiratória que essas pessoas costumam apresentar. “A obesidade provoca uma redução da compleição pulmonar com consequente dificuldade respiratória; além disso, gera um processo inflamatório sistêmico. Por isso, ser obeso é um fator determinante para o maior risco de agravamento da pneumopatia associada à Covid-19”, informa a especialista.
Esse risco acomete homens e mulheres obesos de forma semelhante, sobretudo os mais jovens (abaixo de 60 anos de idade). “Com a disseminação da pandemia na Europa, essa relação ficou mais evidente para os especialistas, que perceberam um vínculo entre a idade de portadores de obesidade com o desenvolvimento de quadros mais graves de Covid-19”, observa a endocrinologista. Pessoas com sobrepeso e Índice de Massa Corpórea (IMC) abaixo de 30, de acordo com a médica, não estão incluídas no grupo de risco gerado pela atual pandemia.
Enquanto durar o cenário epidemiológico, a recomendação para portadores de obesidade é seguir as medidas de prevenção: manter a quarentena, o afastamento social e o uso de máscara de proteção pessoal, em caso de necessidade extrema de exposição em ambientes públicos. Evitar a automedicação e seguir a prescrição médica para medicações de uso contínuo é outra atitude importante. Na presença de sinais característicos de infecção por Covid-19, sobretudo, tosse frequente e falta de ar, a busca por atendimento médico deve ser imediata. “É importante atentar para o surgimento de sintomas limitantes, como não conseguir completar uma frase sem parar para respirar ou ter dificuldade para realizar atividades domesticas habituais. Nesses casos é indicado procurar o serviço médico imediatamente para avaliação, sem ter medo de buscar ajuda”, conclui.
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