Virtual ou presencialmente, o contato com pessoas queridas atua no apoio e reabilitação da saúde
A vinculação afetiva faz parte da saúde mental de qualquer ser humano. Experimentar o desenvolvimento de laços com outras pessoas tem participação ativa na constituição psíquica. Este processo iniciado ainda na infância mantém-se por toda a vida, exercendo influência relevante sobre o estado mental, como observa a especialista do Serviço de Psicologia do Hospital Português (HP), Elisa Teixeira. “A família é o primeiro grande laboratório de relações, de experimentações de vínculos e afetos. Ao longo da vida, outras redes de relacionamentos vão sendo construídas e passam a assumir um papel importante para a socialização e a saúde mental do sujeito a ponto de a ausência desta estrutura favorecer o aparecimento de diversos transtornos psicoemocionais”, afirma a psicóloga.
Não à toa muita gente tem encontrado dificuldade em lidar com a necessidade de isolamento social demandada pela pandemia de Covid-19. Para muitas pessoas, o que faz mais falta nesse momento é justamente o calor humano advindo da interação e do contato presencial capaz de gerar sensações reconfortantes. Sobre esse aspecto das trocas interpessoais, Elisa lembra que diversas análises apontam o quanto os laços afetivos atuam como fatores de proteção da saúde, impedindo o surgimento de transtornos mentais mais graves. “Ter uma família e vínculos de amizade estabelecidos ajuda a reduzir as chances de adoecimento do ponto de vista dos transtornos mentais. De acordo com estudos, essa rede de apoio contribui para o melhor enfrentamento de situações de desgaste psicoemocional, como a ansiedade e o estresse”, ressalta a psicóloga.
Importância do elo familiar na hospitalização
A pandemia de Covid-19 tem colocado desafios na esfera hospitalar, também, no que diz respeito a manutenção dos laços entre o paciente e a sua família. Buscando atenuar o distanciamento e viabilizar a permanência dos vínculos, o Hospital Português tem utilizado recursos das novas tecnologias de comunicação, tais como áudios, vídeos, fotos e cartas digitalizadas, respeitando todos os protocolos de segurança. Estes recursos são utilizados de acordo com critérios específicos de cada família e a condição clínica de cada paciente, sempre pensando no melhor acolhimento e nos aspectos psicológicos de todos os envolvidos. “O distanciamento acontece por medidas de biossegurança, porém por considerar que a rede sócio familiar é parte indissociável do paciente, ela deve ser incluída no processo de recuperação saúde-doença por toda a equipe multiprofissional”, conclui Elisa.
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