Milhares de brasileiros infectados pelas hepatites desconhecem ter a doença.
O número crescente de pessoas infectadas pelas hepatites virais, no mundo, pede um olhar permanente para as formas de prevenção e controle efetivo dessas doenças, quase sempre silenciosas. De acordo com o Instituto Brasileiro do Fígado – IBRAFIG, cerca de 1,5 milhão de brasileiros possuem hepatite B e/ou C, mas não sabem que estão infectados. A ausência de tratamento pode levar à cirrose ou ao câncer de fígado. ”Desconhecer que possui hepatite torna o indivíduo um potencial transmissor do vírus. Essa cadeia de contágio pode ser interrompida com informação. As pessoas precisam saber que a hepatite B tem vacina e tratamento gratuito, através do SUS, e a hepatite C tem cura”, informa o coordenador da Unidade de Gastro-Hepatologia (UGH) do Hospital Português (HP), presidente do IBRAFIG e membro da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), Dr. Paulo Lisboa Bittencourt.
Grande aliada no combate ao problema, a informação é a principal promotora da mudança de atitude e responsável pelo fomento ao cuidado preventivo. No último mês, a campanha Julho Amarelo fez um alerta nacional sobre o tema, enfocando as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites. Dr. Paulo foi um dos especialistas que ajudaram a disseminar conhecimentos sobre as formas da doença mais presentes na comunidade, através de vídeos e posts informativos em plataformas digitais, entrevistas em rádio e televisão. ”O teste para diagnóstico das hepatites é rápido e gratuito, podendo ser feito nas unidades de saúde pública. Todas as pessoas precisam realizar essa testagem, pelo menos, uma vez na vida”, informa o hepatologista.
A detecção precoce e o início do tratamento podem barrar o avanço da doença para o estágio crônico da hepatite, que coloca a vida em risco. Somente a hepatite C, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), produz taxas de mortalidade semelhantes às do HIV e tuberculose. Os tipos A, B e C são mais comuns entre os brasileiros, sendo também encontrado o vírus da hepatite D na população da região Norte. ”A meta do MS é eliminar as hepatites virais do país. Para tanto, é preciso que as pessoas façam o teste rápido e o tratamento, quando preciso; e se mantenham vigilantes para as formas de contágio”, alerta o especialista se referindo à exposição a sangue, fluidos ou objetos contaminados (seringas, agulhas, tesouras, alicates de unha, escovas de dente e lâminas de barbear); uso de material não esterilizado ao colocar piercing, tatuagem e durante procedimentos cirúrgicos; e prática sexual com muitos parceiros, sem uso de preservativos.
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