Viver mais e melhor é prerrogativa potencializada para quem cultiva bons hábitos
A atenção com a saúde, tão evocada nos dias atuais, interfere de modo significativo na qualidade e expectativa de vida das pessoas; por conseguinte, seria natural a prevalência dessa prática na população. Mas as evidências científicas mostram justamente o oposto: a falta de cuidados com a saúde responde por 73% das mortes nos grandes centros urbanos do planeta. O dado levantado pela universidade norte-americana Stanford expõe a influência de modos de vida deletérios ao bem-estar. Felizmente, a ciência também aponta vantagens expressivas em adotar um comportamento saudável e melhores decisões pessoais, tais como prevenir as chances de ficar doente e controlar patologias já diagnosticadas, conforme observa o médico líder do Serviço de Arritmia do Hospital Português (HP), Dr. Luiz Magalhães.
“Muitos estudos demonstram que aderir a ações salutares potencializa as melhores perspectivas de envelhecimento. É preciso reforçar esse conhecimento na população, especialmente, agora, quando as atenções estão voltadas para a pandemia do Covid-19. O momento inspira precaução, mas é igualmente importante não descuidar do zelo integral com a saúde e manter o acompanhamento médico”, orienta o cardiologista.
Sem esquecer as outras doenças
O cuidado com a alimentação, uma das bases para a conquista de uma vida saudável, tem estado comprometido durante o período de isolamento social. Pesquisas mostram que a alteração da rotina e a longa permanência no ambiente doméstico têm motivado a busca por praticidade, elevando a frequência das compras de comida com entrega em domicílio, inclusive, produtos ultraprocessados e fast-foods – ambos ligados diretamente ao aparecimento de problemas crônicos, como obesidade, hipertensão e diabetes. “O cenário atual trouxe novos desafios, como também, acentuou a necessidade de nos mantermos vigilantes com o que afeta a saúde. As doenças cardiovasculares continuam muito frequentes em homens e mulheres. Estes problemas de alta gravidade podem ser evitados com a adesão a melhores hábitos de vida, assim como efetuando o acompanhamento médico e tratamento“, observa o especialista.
Além da alta prevalência de problemas cardiovasculares (28%), o estilo de vida do brasileiro é ainda o principal responsável pelo surgimento de neoplasias (18%), doenças respiratórias (6%), diabetes (5%), entre outras doenças crônicas não transmissíveis, de acordo com a pesquisa Vigitel 2019 – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. O levantamento do Ministério da Saúde também mostra crescimento expressivo da obesidade na população, com o salto de 11,8% para 20,3%, na última década. Assim como o diabetes, o excesso de peso é considerado uma epidemia no Brasil, devido ao alto número de pessoas afetadas.
“Esses resultados refletem o modo como se tem vivido, e sinalizam a necessidade imprescindível de modificar condutas pessoais e buscar os recursos disponíveis para evitar doenças e trata-las adequadamente”, adverte o cardiologista.
Acompanhamento especializado para evitar surpresas
Mais que a ausência de doença, o conceito de saúde estabelecido pela OMS – Organização Mundial de Saúde, remete a um estado de pleno bem-estar físico, mental e social. A conquista desse nível de equilíbrio envolve precauções como o acompanhamento médico periódico e a realização de exames de rotina – suportes tidos como essenciais à meta de promoção da qualidade de vida, uma vez que geram diagnósticos precoces, evitam o agravamento de sintomas e complicações associadas, favorecem tratamentos menos invasivos e otimizam a reabilitação do paciente. Dr. Luiz Magalhães informa que o acompanhamento especializado e individualizado do paciente busca atuar sobre os fatores de risco modificáveis, para mitigar a probabilidade de adoecimento por condições que fogem ao controle, como a história familiar e a faixa etária do indivíduo, bem como, intervir com o uso de medicamentos e/ou procedimentos indicados para restabelecer a qualidade de vida.
Esse suporte, na avaliação do cardiologista, dá ao indivíduo a oportunidade de conhecer previamente o seu estado clínico e evitar surpresas. “O paciente aprende a respeitar os próprios limites, e adquire maior liberdade no dia a dia para cuidar da saúde. Essa confiança provém da manutenção de avaliações de rotina atualizadas e das orientações passadas pelo especialista, considerando o perfil pessoal – idade, sexo, antecedentes familiares, modo de vida, contexto social e nível de exposição aos fatores de risco de enfermidades”, informa o médico.
Melhores hábitos e benefícios associados
Muitos casos de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e diferentes formas de câncer poderiam ser evitados com mera mudança no padrão de comportamento. Controlar o peso e o estresse, dormir bem, consumir moderadamente bebidas alcoólicas, não fumar, ser fisicamente ativo e consultar o médico periodicamente são iniciativas que ajudam a reduzir drasticamente as chances de desenvolver doenças crônicas. A soma diária do investimento pessoal realizado para evitar o risco de adoecimento ou conter a progressão de doenças está intimamente ligada a uma vida longeva com bem-estar. Os primeiros passos para atingir o objetivo de viver mais e melhor são as escolhas conscientes no cotidiano.
“As doenças mais presentes na população brasileira poderiam ser evitadas com melhores atitudes. Busque o acompanhamento médico-hospitalar de referência como um aliado da sua saúde. A despeito da atual pandemia do novo coronavírus, alerto que a recomendação é não adiar a adesão a bons hábitos de vida, assim como a retomada do acompanhamento e tratamento médico, especialmente pacientes com risco cardiovascular e que precisam manter controle clínico rigoroso”, finaliza o cardiologista.
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