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Obesidade e quarentena

4 de setembro de 2020

O descuido com a alimentação e a limitação da prática de atividades físicas contribuem para o aumento do peso. Diante das atividades físicas limitadas devido à quarentena, muita gente também descuidou da alimentação, o que contribuiu para o aumento do peso em boa parte da população neste período. A relação entre às variações de peso, principalmente no caso de engordar, é um fator que preocupa especialistas, já que a obesidade contribui para desenvolver a forma mais grave da Covid-19.

De acordo com a Dra. Maria Creusa Rolim, líder do Serviço de Endocrinologia do HP, a quarentena gera uma ansiedade e a falta da atividade física pode agravar esse quadro. “Alimentação inadequada, as bebidas alcoólicas e cigarros são os recursos mais procurados quando se está ansioso. Os três não são saudáveis e são capazes de aumentar o peso”, esclarece a médica.

Para a especialista, a busca por práticas alternativas, como a meditação, ou realizar alguma atividade física em casa ou ar ao livre, mantendo o distanciamento seguro, ajuda a diminuir os níveis de ansiedade. “É importante também não ter em casa alimentos super manipulados ou industrializados. São produtos que contêm muito sal, açúcar ou gordura. Também não vá ao mercado quando estiver com fome, e quando for, dê preferência aos alimentos não industrializados. Quanto à meditação, temos aplicativos e redes sociais disponíveis”, afirmou Dra. Creusa Rolim.

Relação da Covid-19 com a obesidade

A obesidade é uma doença na qual se tem um processo inflamatório do corpo todo e o coronavírus pode agravar esse quadro, já que é uma doença que também inflama o corpo. “O paciente obeso, independente de ter doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e asma, por exemplo, por ter o corpo mais inflamado, tem mais risco de evoluir para os casos mais graves da Covid-19. A grande descoberta é que a obesidade é um problema, então o ideal é que se evite ganhar peso na quarentena”, recomenda a médica.

Para Dra. Creusa, é preciso adotar horários específicos na rotina para cada atividade, seja ao acordar, nas refeições e ou nos exercícios físicos. “O horário das três refeições precisa ser respeitado. Evite salgadinhos, doces, chocolates e pasta pronta ou congelada. Faça os alimentos em casa, utilizando os mais frescos possíveis. O ideal é não consumir carne vermelha em excesso, sendo o recomendado, duas ou três vezes por semana no máximo. Dê preferência as carnes brancas (peixe e frango), e praticar atividade física, seja qual for”, diz a médica.