*Artigo de Dra. Talita Ferraz, mastologista do Centro de Oncologia do HP/ Clion.
O câncer de mama é atualmente um problema de saúde pública em nosso país, devido aos altos índices de mortalidade e números de casos novos da doença. Este é o tumor mais frequente em mulheres (excluindo câncer de pele não melanoma), e a principal causa de óbito feminino por câncer, no mundo. Em 2020, estima-se o surgimento de 66 mil novos casos da doença, no Brasil; destes, 3,4 mil casos devem ocorrer no Estado da Bahia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA. É importante lembrar que homens também possuem tecido mamário e podem desenvolver câncer nessa região.
A doença é ainda extremamente temida pela população feminina, sobretudo, pela ideia do tratamento cirúrgico das mamas (símbolo de feminilidade, sexualidade e maternidade), associado aos efeitos da terapia medicamentosa. Diante disso, o movimento Outubro Rosa busca alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, uma vez que quanto mais cedo um tumor é identificado e tratado, maior é a probabilidade de cura. Para que ocorra essa detecção precoce, as medidas devem basear-se em um importante “tripé”: autoexame, mamografia e exame clínico.
O autoexame das mamas é aquele realizado mensalmente pela paciente; já o exame clínico das mamas é feito por profissionais da saúde, e a mamografia constitui a principal avaliação de imagem de rotina na atenção à saúde da mulher. Através da mamografia podemos identificar precocemente nódulos e lesões ainda na fase inicial da doença, antes mesmo que causem sintomas. A idade para começarmos a realizar esse exame é definida pelo médico, após avaliar diversos fatores de risco; mas, em geral, é iniciado aos 40 anos, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Muita gente costuma perguntar, quais fatores predispõem ao surgimento desse tipo de câncer? O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, como idade, fenômenos da vida reprodutiva da mulher, história familiar, alterações genéticas, etilismo, tabagismo, sobrepeso, sedentarismo e exposição à radiação. No entanto, como somente 10% dos casos de câncer de mama são atribuídos a fatores hereditários, devemos nos esforçar em transformar os fatores de risco modificáveis: praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação saudável e evitar o consumo de bebidas alcóolicas. Amamentar é também um fator protetor.
Ao desmistificarmos a doença e entendermos a importância da prevenção, detecção precoce e rastreamento efetivo, conseguiremos finalmente diminuir a mortalidade por câncer de mama.
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