Com a sociedade se mobilizando em torno da retomada gradual das atividades em diversas áreas, uma nova rotina fica evidente na continuidade das ações de prevenção à Covid-19 praticadas nos últimos meses. Distanciamento social, uso obrigatório de máscara, higiene frequente das mãos (com água e sabão ou álcool em gel 70%), limpeza frequente de ambientes, de objetos pessoais e de produtos adquiridos em lojas e mercados, são alguns cuidados que devem permanecer incorporados aos hábitos cotidianos das pessoas, refletindo o novo padrão de normalidade. Pelo menos, até que uma vacina seja disponibilizada, como ressalta a infectologista do Hospital Português (HP), Dra. Ana Paula Amorim. “O momento pede a retomada do convívio social com precauções. Enquanto aguardamos a realização de uma campanha de imunização em massa, precisaremos permanecer atentos ao bem-estar pessoal e coletivo”, recomenda a especialista.
Situação estável
Se não é possível saber ainda quando a pandemia irá acabar, Dra. Ana Paula lembra que já há aprendizados importantes sobre o que fazer para conter o avanço da disseminação do vírus. Nesse sentido, tomando como exemplo a experiência de outros países com a pandemia, organizações dos diversos setores têm buscado se reestruturar para receber as pessoas com segurança, seguindo as recomendações dos órgãos oficiais da saúde. Serviços essenciais como o Hospital Português, que não pararam nesse período, tiveram a chance de aperfeiçoar o conjunto de ações desenvolvidas ao longo dos meses, para resguardar pacientes e colaboradores. Operando com serviços plenamente preparados para o atendimento seguro a Instituição já contabiliza, hoje, mais de 500 altas de pacientes reabilitados da Covid-19. Um reflexo da realidade local, de baixa significativa na ocupação de leitos de UTI por pacientes acometidos pelo novo coronavírus; fato que se repete na Maternidade Santamaria.
A infectologista observa que, do ponto de vista epidemiológico, o Brasil é classificado, hoje, no contexto mundial, como um país em queda do número de casos da enfermidade, apesar de algumas regiões apresentarem ainda alta no número de infectados. Atualmente, a Bahia também espelha este cenário, tendo estabilizado o número de casos de Covid-19, mesmo com oscilações nas taxas de notificações de casos novos e de óbitos. “Esse panorama de declínio está longe de ser motivo para tranquilidade, mas sinaliza resultados que podem ser potencializados com o engajamento global em torno das medidas de contenção das formas de disseminação da doença”, observa a especialista, lembrando o contingente de pessoas que ainda não adquiriu o novo coronavírus e, sobretudo, aqueles que são susceptíveis à forma mais grave da infecção, por serem idosos, portadores de obesidade, de problemas respiratórios, hipertensão, dentre outras comorbidades.
Retorno consciente
Depois de meses de confinamento impostos pela quarentena, retomar a rotina de forma consciente quanto às exigências do momento é o que pode fazer a diferença para preservar o bem-estar e reduzir as chances de contágio e transmissão do novo coronavírus. Ainda que parte da população pareça ter relaxado (e siga negligenciando as recomendações preventivas), existe um esforço global para conter o avanço da doença. Mesmo quem já foi infectado deve se incluir nesse movimento, buscando a proteção pessoal, de familiares e da sociedade como um todo. “Não é o momento ainda de exposição em aglomerações, em festas e shows. Voltar à rotina de vida, agora, envolve poder transitar em ambientes seguros, seja para o lazer em família, seja para o trabalho ou para a manutenção do acompanhamento médico periódico, buscando sempre zelar pela saúde”, observa a infectologista.
Como as liberações para o retorno das atividades em diversos setores estão acontecendo de forma programada, Dra. Ana Paula não acredita em uma segunda onda local de Covid-19, nessa fase. Mas, enfatiza que os cuidados com o bem-estar pessoal e coletivo se tornaram regras básicas dentro e fora de casa, pois, ainda que um número expressivo de pessoas tenha contraído a doença e adquirido eventualmente alguma imunidade, esse grupo não representa a maioria da população. “Precisaremos nos adaptar ao ‘novo normal’, seguindo ações protetivas para o convívio social seguro.A experiência de outros países nos traz esse aprendizado. Todos nós queremos sair desse contexto de pandemia o mais breve possível, por isso a participação comunitária nesta meta é fundamental”, finaliza a infectologista.
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