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Alta tecnologia nos exames de hemograma

27 de novembro de 2020

Na rotina de cuidados do paciente, especialmente na hospitalização, o hemograma é o exame mais requisitado pelos médicos. A avaliação representa em torno de 15% das análises clínicas dos pacientes internados no Hospital Português (HP) ou assistidos na Emergência Geral da Instituição. Com emprego da mais alta tecnologia nessa área, o HP vem se consolidando como centro de saúde apto a oferecer, com exclusividade na Bahia, altos níveis de precisão, segurança e celeridade nos laudos hematológicos. Nesta entrevista, o vice-coordenador médico do Serviço de Medicina Laboratorial, Dr. Fábio Sodré, informa os diferenciais do Analisador Digital de Imagens em Hematologia e como o equipamento avançado proporciona ganhos relevantes para a rotina assistencial. Confira!

A alta tecnologia no hemograma com análise digital de imagens é uma exclusividade do HP, na Bahia?

Sim. O Hospital Português foi o pioneiro nas regiões Norte e Nordeste a examinar o sangue de forma automatizada, e permanece entre os poucos hospitais do país a ter um Laboratório equipado com tecnologia de ponta para gerar laudos hematológicos. É uma iniciativa que reafirma a vocação vanguardista do HP como centro de referencia em saúde.

Como é feito o procedimento convencional, sem tecnologia avançada?

Em 99% dos centros de saúde, o procedimento padrão é coletar o sangue, fazer a análise parcial da amostra no equipamento, seguida da revisão ótica no microscópio por um observador – que faz a análise qualitativa, identifica alterações sanguíneas e gera o laudo.

Qual é a inovação tecnológica do HP nesse procedimento?

O Laboratório do HP faz todo o processo de análise do hemograma de forma automatizada, utilizando o Analisador Digital de Imagens em Hematologia, eliminando a revisão da lâmina no microscópio por um observador. Um equipamento faz a coloração da lâmina com a amostra sanguínea e imprime um código de barras para identificar essa lâmina. Em seguida, a lâmina é posta no microscópio automatizado onde é fotografada e comparada com outras imagens do banco de dados do equipamento para a categorização das células sanguíneas e identificação de alterações para liberação do laudo. Em casos específicos, a revisão da lâmina é feita por um analista clínico, de forma bem mais ágil, em um terminal de computação interativo. Graças ao know-how dos profissionais, o equipamento pode ser utilizado em todo o seu potencial.

Essa automatização traz quais benefícios para o paciente?

Existem ganhos importantes em rapidez, segurança e rastreabilidade de todo o processo do hemograma com a revisão de etapas e imagens salvas no programa. Enquanto um observador experiente leva quatro minutos, em média, para analisar cada amostra, o equipamento conclui todo o processo em alguns segundos. Como consequência, liberamos laudos do exame com prazo cada vez menor e de forma mais segura. A celeridade beneficia, sobretudo, pacientes com maior nível de complexidade patológica e que precisam do resultado de hemograma mais rápido, como pacientes da UTI e Emergência.

  1. Quais as vantagens para a rotina assistencial?

Nesses cinco anos de automatização do hemograma, o Laboratório do HP pode aprimorar a prática assistencial e, ainda, compartilhar experiências com outros centros de saúde. O uso da tecnologia nos confere um banco de dados vasto e em permanente expansão. As informações armazenadas servem de base comparativa para estudo de casos clínicos e como fonte de pesquisa, inclusive, fomentando a produção científica da Instituição. Em 2017, o suporte das equipes e tecnologias disponíveis no HP possibilitou a publicação de um artigo sobre identificação precoce da sepse. Aprovado e supervisionado em todas as fases pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP-HP), esse trabalho foi selecionado entre os melhores do Congresso Brasileiro de Patologia Clínica, estando disponível para consulta da comunidade.