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Cuidados com a pele devem ser intensificados no verão

26 de janeiro de 2021

Nos dias mais quentes do ano, quando a incidência de raios ultravioletas é maior e as pessoas se expõem mais frequentemente ao sol, os cuidados com a pele colaboram para mitigar os riscos da radiação solar, que podem envolver queimaduras, foto envelhecimento e até o câncer de pele. A atitude preventiva a ser praticada no dia a dia requer medidas simples, como priorizar a exposição ao sol em horários de menor radiação (antes das 9 horas e depois das 16 horas), utilizando sempre chapéus, óculos e roupas com proteção UVA e UVB. “As áreas da pele expostas ao sol devem ser protegidas com aplicação de filtro solar. O produto deve ser reaplicado a cada duas horas ou sempre que for eliminado na água ou pelo suor. Esses cuidados devem fazer parte da rotina de todas as pessoas, desde a infância, seja qual for o tom de pele”, adverte o especialista em oncologia cutânea do Centro de Oncologia Hospital Português/NOB, Dr. André Bacellar.

Embora pessoas brancas sejam as mais vulneráveis ao câncer de pele, os afrodescendentes também estão suscetíveis a esse tipo de tumor, que é o mais frequente entre os brasileiros e responde por 30% de todos os casos de câncer maligno registrados no país, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA. Em geral, a doença costuma se apresentar como o subtipo não melanoma, especialmente entre adultos acima dos 40 anos de idade.  Com o diagnóstico precoce, seguido do tratamento, tem alto percentual de cura. Já o outro subtipo da doença, o câncer de pele melanoma (que afeta as células que colorem a pele) é mais agressivo. Ele atinge mais frequentemente pessoas com pele clara e representa cerca de 3% das ocorrências de câncer registradas no país. Dr. André Bacellar lembra que, em ambos os tipos, a descoberta da doença em estágio inicial e o tratamento precoce elevam significativamente as chances de cura.

“A prevenção do câncer de pele envolve seguir medidas protetivas no dia a dia, como também, consultar um médico dermatologista sempre que for percebida alguma alteração na pele, desde sinais que aumentam de tamanho, que coçam ou descamam; até feridas que não cicatrizam em até 30 dias”, orienta o oncologista. Para quem já tem a doença diagnosticada, a atenção deve ser ainda maior, já que o acompanhamento médico é um dos pontos fundamentais para o sucesso terapêutico. Durante a pandemia de Covid-19, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) observou uma diminuição na rotina de atendimentos de pacientes com câncer de pele e uma queda de 48% no número de pedidos de biópsias para detecção da doença, entre janeiro e setembro de 2020, quando comparado ao mesmo período de 2019. Na Bahia, essa baixa na realização do exame foi de 63%.

Dr. André Bacellar ressalta que o acompanhamento médico é fundamental em todas as fases da terapia de câncer, do diagnóstico até a efetiva reabilitação da saúde. “Essa atenção especializada dá ao paciente a possibilidade de enfrentar a doença recebendo assistência personalizada e terapias adaptadas para as suas necessidades. Como consequência há uma  otimização da resposta terapêutica”, finaliza o especialista.