Forte aliado da saúde feminina, o acompanhamento ginecológico contribui para a prevenção, o diagnóstico e tratamento precoce de uma série de doenças do sistema reprodutor que interferem no bem-estar geral da mulher. A relevância desse cuidado especializado ganhou projeção na mídia recentemente, quando a apresentadora Fátima Bernardes revelou a descoberta de um câncer no endométrio, em fase inicial, a partir de uma consulta ginecológica de rotina. Médico líder do Serviço de Ginecologia do Hospital Português (HP), Dr. José Carlos Monteiro, reitera a necessidade desse suporte individualizado, prestando informações que ajudam a esclarecer o assunto. Confira a entrevista!
Como o acompanhamento ginecológico contribui para o bem-estar de mulheres das diferentes gerações?
O cuidado com a saúde é fundamental para a qualidade de vida das mulheres, sobretudo em idade reprodutiva e após a menopausa. O ginecologista é o médico clínico e cirurgião da mulher e, portanto, o responsável por cuidar de sua saúde desde a primeira menstruação até a senilidade.
Toda mulher deve ir ao ginecologista, periodicamente, mesmo aquelas submetidas à histerectomia (cirurgia para retirada parcial ou total do útero) ou que já estão na menopausa?
A mulher deve ir ao ginecologista, pelo menos uma vez por ano. A retirada do útero por doença benigna, sem diagnóstico prévio de lesões do colo uterino, exclui a paciente do rastreamento citológico. Contudo, o cuidado com a saúde feminina não consiste apenas em rastrear o câncer do colo uterino. O médico continuará acompanhando os ovários, mamas, assoalho pélvico e diversos aspectos da saúde feminina. No climatério, fase em que a menopausa se apresenta, o cuidado é mais importante ainda por conta dos sintomas vasomotores e sinais iniciais do processo de envelhecimento, que pode levar ao aumento da incidência de doenças.
Quais exames fazem parte do check-up ginecológico e qual a regularidade adequada?
Os exames mais comuns são a citologia do colo uterino (preventivo ginecológico), que deverá ser realizado por mulheres acima de 25 anos de idade, que têm vida sexual ativa, e seguir até os 64 anos, sendo interrompido nas pacientes que tiverem pelo menos dois exames negativos nos últimos cinco anos. Os exames de ultrassom transvaginal, de mamas e tireoide devem ser realizados anualmente, assim como a mamografia deverá ser realizada todos os anos, a partir dos 40 anos. Além disso, o ginecologista costuma solicitar exames laboratoriais, entre outros.
Além do câncer de colo do útero, essas avaliações ajudam a diagnosticar outros tipos de câncer, como o de endométrio?
Como falei anteriormente, o acompanhamento ginecológico de rotina é muito amplo e cuidadoso. O rastreamento e diagnóstico de doenças costumam ser habituais na assistência à saúde feminina. A mulher que frequenta o ginecologista tem maior chance de ter sua saúde preservada e uma boa qualidade de vida. Afinal, para toda doença, quando bem assistida e tratada precocemente, as chances de recuperação e manutenção da saúde são maiores.
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