Técnica minimamente invasiva é opção eficaz no tratamento de miomas uterinos, varicocele e crescimento da próstata
Os procedimentos menos invasivos têm sua aplicação terapêutica cada vez mais ampliada na prática médica, fazendo surgir soluções alternativas para doenças diversas. A embolização vascular é um exemplo, estando incluída no mais alto nível de evidência científica. Na terapia de miomas uterinos, varicocele (varizes que afetam os testículos) e hiperplasia prostática benigna (crescimento da próstata), particularmente, o método demonstra eficácia comprovada e benefícios importantes para a qualidade de vida de homens e mulheres em idade fértil, como observa o especialista da equipe de Radiologia Intervencionista do Hospital Português (HP), Dr. André Goyanna. “A mulher diagnosticada com miomatose uterina encontra na embolização uma alternativa pouco invasiva para tratar simultaneamente todos os miomas, de diferentes tamanhos, preservando o útero e, muitas vezes, restaurando a fertilidade. A técnica é eficiente também na abordagem de doenças que afetam a fertilidade masculina, entre outras vantagens”, destaca o médico, pioneiro no emprego da embolização uterina, na Bahia.
Com a expertise de mais de mil procedimentos realizados, parte deles no Hospital Português, Dr. André Goyanna informa que o método de embolização é bem simples e visa obstruir o fluxo sanguíneo nas artérias que nutrem os miomas (fazendo-os regredirem de tamanho com o tempo) e nas veias adoecidas (para tratamento da varicocele). A intervenção minimamente invasiva, guiada por imagem, é feita com o auxílio de um fino cateter introduzido na região da virilha. Por não haver cortes, a técnica utiliza anestesia local, oferecendo baixo risco de complicações e reabilitação mais rápida que na cirurgia aberta. O tempo de internação é igualmente menor. Conforme o objetivo da abordagem, o paciente retorna para casa dentro de um dia ou após algumas horas da intervenção. “O êxito da embolização está muito ligado à experiência do profissional e à infraestrutura do Serviço de Hemodinâmica. Como centro de excelência em saúde, o HP oferece todo o suporte necessário à realização bem-sucedida desse procedimento”, orienta o radiologista intervencionista.
Em mulheres com o útero comprometido por miomas, o médico destaca a alta eficácia e confiabilidade da técnica que, além de evitar a retirada do útero, promove o bem-estar feminino, eliminando sintomas como sangramento menstrual excessivo e cólica. “O efeito protetor da embolização tem duração de pelo menos 5 anos, até que surjam novos miomas, havendo ainda possibilidade de repetição da técnica pelo baixo risco de reações colaterais ou complicações”, observa o especialista. Estima-se que esses benefícios atinjam um grande contingente de mulheres, já que os miomas são prevalentes em cerca de 40% da população feminina. Mas a indicação é sempre individualizada, considerando a localização e quantidade dos miomas, e a avaliação conjunta do ginecologista, da paciente e do radiologista intervencionista. “Cada caso é um caso. Há mulheres sem sintomas, porém com risco de agravamento da doença. Ver a mudança da paciente após o procedimento é sempre gratificante”, afirma o especialista.
A estratégia tem alcançado êxito também nos casos de varicocele – causa de atrofia testicular, dor e infertilidade masculina, principalmente, entre os mais jovens. Dr. André Goyanna informa que já são dezenas de pacientes tratados no HP com uso da técnica que reúne diversas vantagens descritas na literatura médica: segurança, eficácia, anestesia local, baixo risco, alta hospitalar horas após o procedimento, rápida recuperação e resultados duradouros. “Obstruímos a veia doente em todo o seu trajeto abdominal, sem haver manipulação de vasos linfáticos, nervos ou artérias, o que possibilita um pós operatório tranquilo, sem cortes e com menor risco de complicações testiculares”, informa o médico.
Com relação ao aumento benigno da próstata, a chamada hiperplasia benigna da próstata (HBP), a embolização funciona como método para reduzir o tamanho da glândula e assim melhorar os sintomas obstrutivos. “A embolização consegue manter a anatomia da próstata, praticamente evitando complicações do tratamento cirúrgico como a ejaculação retrógrada, impotência e a incontinência urinária. Essa aplicação acontece mundialmente há pelo menos dez anos. Atualmente, o Brasil e Portugal se destacam nesta técnica como pioneiros no desenvolvimento e como países com maior número de casos realizados”, finaliza o especialista – que aposta na acessibilidade da embolização para mais pessoas, com a inclusão cada vez maior de procedimentos intervencionistas no rol da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar.
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