Artigo de Dr. Alessandro Farias, médico líder da Infectologia do Hospital Português (HP)
A vacinação contra a infecção por Covid-19 chegou e progressivamente deve incluir mais pessoas. Esta é uma estratégia que tem modificado a epidemiologia da doença e, em alguns países, já se observam a curva de novos casos em importante declínio. Porém, tem sido frequente a internação de pessoas com Covid-19 que tomaram a primeira dose da vacina, recentemente, ou que ainda não receberam a segunda dose. Para a imunização em massa ter o efeito desejável é necessário executar ações em paralelo à tomada destes antivirais, como as que irei descrever a seguir.
Não somente usar máscaras, mas utilizá-las de maneira adequada é essencial. É comum observar pessoas utilizando máscaras sem cobrir o nariz e a boca ao mesmo tempo, e por todo o período de utilização. Manter o distanciamento de seis pés entre uma pessoa e outra ou a distância equivalente a um braço esticado de cada pessoa é também fundamental. Evitar locais fechados, pobremente ventilados e cheios de pessoas, adotando em paralelo a higiene adequada das mãos e o cuidado de não tocar em mucosas da face, são medidas igualmente relevantes.
Outro aspecto importante é a respeito de medicações de uso inadequado. Uma das possíveis causas de surgimento de variantes está na utilização inapropriada de corticoides, alterando o comportamento do vírus. É fato que corticoides não tratam nenhum vírus. No caso da Covid-19, há indicação de usar corticoide em momento apropriado, apenas em pacientes hospitalizados, com hipoxemia ou necessidade de oxigênio suplementar. Por isso, não se automedique. Em caso de dúvidas, procure um médico especializado e familiarizado no tratamento de Covid-19 antes de iniciar esta medicação. Ela interfere na resposta vacinal de maneira negativa.
O pânico é outro aspecto relevante observado atualmente, e tem vindo em paralelo ao diagnóstico da infecção em muitos pacientes. O que se tem observado é que medicações utilizadas carecendo de eficácia são administradas, basicamente, pela pressão em se usar alguma coisa, e isso pode alterar negativamente o efeito desejado da vacina ou a própria recuperação da pessoa.
Quanto às máscaras, prefira as cirúrgicas ou as de tecido apropriadas e recomendadas pelo Ministério da Saúde (MS); deixe as com filtro ou N95 para os profissionais de saúde que atendem pacientes suspeitos. Não utilize luvas em ambientes domiciliares ou públicos. As luvas são equipamentos de proteção individual a serem utilizados exclusivamente em hospitais. O mau uso de luvas, na realidade aumenta a disseminação de microorganismos e concorre com a adequada higiene das mãos.
Todas estas ações citadas, quando operadas de forma conjunta e adequadamente, fazem uma incrível diferença no combate à infecção por Covid-19.
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