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Controle da hipertensão arterial e qualidade de vida

12 de abril de 2021

Um em cada quatro brasileiros é portador da chamada pressão alta (hipertensão arterial sistêmica – HAS), de acordo com levantamento do Ministério da Saúde. A doença crônica faz o músculo cardíaco imprimir um esforço maior para bombear sangue a todo o organismo e, se não for tratada, afeta de forma progressiva e silenciosa órgãos vitais, como o coração, os rins e o cérebro. A importância de manter o controle devido da doença é ressaltada pelo especialista da Unidade Coronariana (UCO) do Hospital Português (HP) e do Centro Médico HP, Dr. Cláudio das Virgens. “A hipertensão arterial tem tratamento efetivo, embora não tenha cura. Para que a pressão seja realmente controlada é preciso que o paciente siga corretamente as orientações médicas quanto ao uso de medicamentos e realize as mudanças recomendadas no estilo de vida”, adverte o cardiologista.

 

Seguir tais orientações nos dias atuais é fundamental para quem convive com essa condição clínica, já que os portadores de hipertensão, quando acometidos pela Covid-19, têm risco aumentado de desenvolver quadros graves da infecção, sobretudo, se a pressão estiver descontrolada. Aos pacientes que descontinuaram seus atendimentos cardiológicos na pandemia, Dr. Cláudio lembra que os protocolos de prevenção à Covid-19 são tão necessários quanto o acompanhamento médico de rotina. “A interrupção do tratamento das doenças cardiovasculares e de outras doenças crônicas agrava o estado de saúde das pessoas que são portadoras dessas entidades clínicas. Convém lembrar que as doenças cardíacas não entram em quarentena e não fazem lockdown, motivo pelo qual houve importante aumento de ataques cardíacos e infarto no Brasil e no mundo”, adverte o especialista.

 

A recomendação é que o paciente entre em contato com o serviço médico-hospitalar para realizar suas consultas e exames complementares, a fim de saber se o tratamento seguido está sendo eficiente ou não para o seu quadro clínico. “Caso seja necessário, o especialista poderá fazer ajustes na dosagem medicamentosa prescrita ou no modo de utilização, buscando atingir o melhor resultado”, informa o médico. Os benefícios associados ao controle da doença, conforme estudos, abrangem a conquista de melhor qualidade de vida, maior perspectiva de longevidade e menor risco de letalidade decorrente de eventos cardiovasculares.

 

Além de respeitar os prazos de retorno ao médico para o devido monitoramento clínico, Dr. Cláudio orienta investir em atitudes que comprovadamente favorecem a saúde e, desse modo, ajudam a controlar a pressão arterial. É o caso de praticar atividade física regularmente (mesmo no ambiente doméstico), ter uma alimentação saudável e equilibrada no dia a dia (com baixa ingestão de sal, açúcares e gorduras saturadas), além de abandonar o hábito de fumar e controlar as taxas de colesterol no sangue (dois importantes agravantes do risco cardiovascular). “Todas essas medidas têm um impacto muito positivo na pressão arterial, além de ajudarem a prevenir outras doenças crônicas que, na medida em que a nossa comunidade envelhece, se tornam cada vez mais prevalentes”, finaliza o cardiologista.