Com as transformações naturais do processo de envelhecimento, a mulher vivencia muitas vezes o aparecimento de manifestações físicas desconfortáveis, com repercussões também no campo emocional e social, impactando significativamente a sua qualidade de vida. Um exemplo são as disfunções do assoalho pélvico. O problema está associado ao surgimento de sintomas como perda urinária (incontinência), urgência miccional, incontinência fecal, distúrbios sexuais, cistoceles (bexiga caída) e prolapso genital (condição em que órgãos, como bexiga, segmento intestinal e útero, saem pelo canal da vagina por fraqueza ligamentar). O cirurgião urológico do Hospital Português (HP), Dr. Roberto Rossi ressalta que a patologia tem tratamento multidisciplinar efetivo, inclusive contando com diferentes opções terapêuticas. “É essencial buscar atendimento médico especializado, com o ginecologista, urologista ou proctologista,logo nos primeiros sinais de desconforto. Quanto mais cedo for diagnosticada a disfunção, mais precocemente a mulher poderá dispor de alternativas terapêuticas individualizadas e adequadas para a sua condição”, destaca o especialista.
Mulheres, a partir dos 50 anos, são as mais acometidas pelo problema. Para a maioria desse público, a procura por suporte médico-hospitalar é ainda um desafio a ser vencido. Estudos mostram que apenas 25% das pacientes com disfunções no pavimento pélvico costumam informar ao médico que estão passando por esta situação. Dr. Roberto Rossi, que também realiza atendimento ambulatorial na sala 404, no Centro Médico HP, explica que os fatores de risco associados são diversos, envolvendo: história de gravidez e partos múltiplos, obesidade, sedentarismo, alterações hormonais, tabagismo por tempo prolongado, aumento da pressão intra-abdominal e envelhecimento. “O pavimento pélvico é formado por um conjunto de músculos e ligamentos, e quando há enfraquecimento dessa estrutura, a sustentação dos órgãos como a vagina, bexiga, uretra e o próprio períneo, fica comprometida. Por isso, são comuns nesses casos os episódios de incontinência urinária, fecal e prolapso genital”, informa o cirurgião.
Enquanto algumas portadoras da patologia relatam perda de urina ao realizarem esforço físico em situações triviais (tossir, espirrar, levantar peso, fazer exercícios ou rir), outras se queixam de urgência e frequência na micção, mesmo com pouco enchimento da bexiga. Há também aquelas que apresentam as duas condições, além de uma sensação de peso ou bolo vaginal, de acordo com o especialista. A partir da avaliação clínica e realização de exames de imagem complementares, o médico pode estabelecer o diagnóstico e o plano terapêutico específico para o quadro da paciente. As terapias disponíveis abrangem uso de medicamentos, prática de exercícios fisioterápicos para fortalecimento da musculatura pélvica, além de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas (laparoscópica e robótica), nos casos que requerem correção da lesão muscular.
“Nas pacientes com indicação cirúrgica, o emprego de técnicas avançadas e pouco invasivas, associadas a recursos modernos, como as telas sintéticas de polipropileno (para substituição dos tecidos danificados), tem otimizado bastante a recuperação da sustentação pélvica e das funções urinárias da mulher, de forma rápida e efetiva”, conclui o cirurgião.
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