*Artigo de Nathalie Rosa Costa Leal, farmacêutica, especialista em Farmácia Clínica, do Setor de Farmácia do HP.
Diante de queixas de saúde corriqueiras no dia a dia, muitas pessoas recorrem à farmácia mais próxima em busca de alívio rápido e prático para os sintomas incômodos. Outra situação comum é a indicação de remédios por amigos, vizinhos ou familiares, que já experimentaram sintomas semelhantes e perceberam melhora após a utilização. O Dia Nacional de Uso Racional de Medicamentos, 5 de maio, visa alertar as pessoas para os perigos à saúde causados pelo emprego indiscriminado de fármacos e automedicação. A data lembra que o uso de medicamentos não é isento de riscos e requer cuidados específicos, tanto do próprio paciente quanto das equipes de saúde envolvidas no cuidado.
Somente profissionais habilitados e regulamentados para a prescrição medicamentosa podem exercer esta prática. Além disso, problemas de saúde diferentes podem ter sinais parecidos, necessitando de investigação especializada. Em diversas situações, a automedicação pode mascarar sintomas e dar a falsa impressão de cura, prejudicando ainda mais a saúde do indivíduo no longo prazo. Com a pandemia que estamos vivendo da Covid-19, o medo do contágio e o grande volume de informações que circulam sobre prevenção e combate ao coronavírus tornam o uso consciente de medicamentos uma atitude ainda mais relevante.
É importante saber que medicamentos não são inofensivos e quando usados de maneira errada ou sem indicação adequada, trazem diversas consequências para a saúde – incluindo riscos de intoxicação e eventos adversos, decorrentes da administração em situações cuja efetividade e segurança não estão comprovadas. Logo, sempre que for preciso usar um medicamento é importante obter a recomendação médica. O especialista irá fornecer todas as orientações necessárias sobre a dose, quantidade de vezes a ser utilizada, por quanto tempo, qual a melhor forma de uso, além de informar possíveis efeitos indesejáveis decorrentes e como evitá-los ou reduzi-los.
O próprio paciente e/ou seu cuidador podem e devem colaborar para o uso racional de medicamentos. Ao receber uma receita médica é essencial que ambos aproveitem a oportunidade para esclarecer todas as dúvidas sobre a melhor forma de uso, armazenamento, efeitos esperados e até mesmo como descartar as sobras, após o fim do tratamento ou vencimento da validade. Um farmacêutico também pode ajudar neste quesito. Todas essas informações ajudam no entendimento do plano de tratamento proposto e cumprimento do tempo recomendado, evitando que a terapia seja interrompida ou prolongada sem a devida orientação.
Por fim, vale lembrar o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS): “quando o paciente recebe medicamentos apropriados à sua condição clínica, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período de tempo adequado e ao menor custo possível para ele e sua comunidade, existe uso racional de medicamentos”.
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