Ação no HP reforça combate às hepatites virais

Colaboradores poderão realizar teste rápido para o diagnóstico, de 2 a 6 de agosto, na Instituição

A erradicação das hepatites virais permanece entre os desafios da saúde, no Brasil e no mundo. A característica predominantemente assintomática das hepatites tem sido um obstáculo para a detecção precoce e eliminação efetiva da doença no país, como espera o Ministério da Saúde (MS), até 2030. Somando esforços nesta luta, o Hospital Português (HP), em parceria com o Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), realiza mais uma ação de prevenção às hepatites, dentro da Campanha Julho Amarelo. Os colaboradores do HP poderão realizar o teste rápido para diagnóstico da hepatite C (tipo mais comum), de 2 a 6 de agosto (segunda a sexta-feira), ou até o término do estoque de testes. A ação acontecerá no prédio do RH, no período da manhã (das 8h às 10h30) e da tarde (das 14h às 17h), tendo o suporte das equipes de RH e Enfermagem da Instituição.

O coordenador da Unidade de Gastro-Hepatologia do Hospital Português (HP), Dr. Paulo Lisboa Bittencourt, lembra que a vacinação contra as hepatites A e B, assim como a testagem rápida, são realizados nos postos de saúde pública, gratuitamente, através do Sistema Único de Saúde (SUS). “A vacinação é a melhor forma de prevenir as hepatites. Já o diagnóstico e o tratamento precoces evitam que a doença evolua para quadros graves, como o câncer hepático ou a cirrose”, observa o especialista, ressaltando ainda que o tipo mais comum e considerado de maior potencial de gravidade, a hepatite C, tem cura. As estratégias adotadas nesse sentido englobam a universalização do acesso aos tratamentos na rede pública. Assim, quem recebe o diagnóstico de hepatite no posto de saúde é automaticamente inserido no programa de terapia com antivirais, distribuídos gratuitamente pelo SUS.

“Seguir a prescrição médica corretamente é fundamental para que a terapia atinja o nível de efetividade esperado, visando à cura e, consequentemente, a quebra da cadeia de contágio do vírus”, destaca o especialista. Outras medidas igualmente necessárias incluem: evitar a exposição a sangue, fluidos ou objetos contaminados (seringas, agulhas, tesouras, alicates de unha, escovas de dente e lâminas de barbear); evitar o uso de materiais não descartáveis na colocação de piercing e tatuagem, ou durante procedimentos cirúrgicos; evitar a prática sexual com muitos parceiros, sem uso de preservativos.

Todos os anos, milhares brasileiros são acometidos por alguma forma de hepatite. Segundo o Ministério da Saúde (MS) cerca de 1,1 milhão de pessoas vivem com a infecção crônica causada pelo vírus da hepatite B (HBV). O boletim epidemiológico de hepatites virais divulgado pelo órgão, em 2020, traz a notificação de mais de 673 mil casos confirmados de hepatites virais no país, entre os anos de 1999 a 2019. Destes, a maioria corresponde a hepatite C (37,6%); seguidos dos casos de hepatite B (36,8%), hepatite A (25,0%) e hepatite D (0,6%).