Rinite alérgica e doenças respiratórias no inverno
26 de julho de 2021
*Artigo de Dr. Miguel Leal Andrade Neto, otorrinolaringologista e coordenador do Serviço de Otorrinolaringologia do HP
A chegada do inverno em Salvador normalmente não agrada à maioria dos soteropolitanos, ávidos por sol, praia e calor nos 365 dias do ano. Habitualmente, temos queda na temperatura em torno de 3 graus centígrados e mais ventos na nossa capital. Nosso inverno também tem mais chuvas, mas a umidade não muda muito já que estamos no litoral. Com esse cenário, temos sempre um aumento nos casos de exacerbação de rinite alérgica, mais infecções virais e sinusites. Mas como prevenir o adoecimento por doenças respiratórias no inverno? E o que fazer quando o problema já está instalado?
Pacientes portadores de rinite alérgica devem se antecipar à doença e procurar seu otorrinolaringologista antes da chegada do inverno para avaliar sua situação atual, ver a necessidade de uso de medicação para prevenir a ocorrência de crises, ou simplesmente receber orientações e recomendações de medicações nasais e/ou antialérgicos, caso o nariz dê amostras de que irá sucumbir à nossa estação mais fria.
Medidas não farmacológicas também são igualmente ou até mais importantes que o uso de medicamentos. A higiene do ambiente é fundamental durante todo o ano e não deve ser descuidada em momento algum. Poeira, mofo, cigarro, pelos e ácaros são os principais inimigos do indivíduo alérgico. Sendo assim recomenda-se passar pano úmido nos ambientes 2 vezes ao dia, trocar a roupa de cama pelo menos 1 vez na semana, evitar que cães e gatos fiquem sobre as camas ou sofás, fazer a limpeza diária de ventiladores e semanal dos filtros dos aparelhos de ar condicionado, evitar bichos de pelúcia e carpete nos quartos e coibir o tabagismo.
Com a chegada do inverno é muito importante também que aquele agasalho que estava guardando durante todo o ano seja lavado antes do uso. A hidratação também é muito importante, bem como a lavagem nasal diária com soro fisiológico.
Teremos nesse ano mais um inverno atípico, convivendo com inúmeros casos de infecção pelo novo coronavírus, além dos demais vírus que normalmente circulam entre nós nesse período, como o rinovírus (resfriado comum) e o vírus da influenza (gripe). A medida mais importante para prevenir essas infecções é, sem sombra de dúvida, a imunização. A vacina para a gripe já está disponível nas redes pública e privada e a vacina para a Covid-19 para aqueles indivíduos elegíveis.
Mas, caso surjam sintomas respiratórios, como fazer a distinção entre rinite, sinusite, resfriado, gripe e Covid-19? Alguns sinais e sintomas podem ajudar nessa diferenciação: na vigência de febre, por exemplo, dificilmente teremos uma rinite alérgica ou resfriado comum; devemos pensar, sim, em gripe ou Covid-19. Alterações do olfato e paladar, na ausência de obstrução nasal, praticamente confirmam o diagnóstico de Covid-19. No entanto, o contato com um médico de confiança é fundamental para ajudar nessa diferenciação, pois só ele poderá aliar a avaliação clínica aos exames complementares necessários para chegar a um diagnóstico mais preciso e orientar o tratamento mais adequado.
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