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Cuidado cardiológico intensivo: a experiência da UTI 2 do HP

17 de janeiro de 2023

As doenças cardiovasculares lideram os principais problemas de saúde mais disseminados em nossa população e no mundo. O perfil de pacientes admitidos na UTI 2 do Hospital Português, especializada em assistência cardiológica, reflete bem esse cenário. Acolhemos, principalmente, pacientes cardiológicos clínicos e no pós-operatório imediato de cirurgias cardíacas e vasculares.

Os pacientes cirúrgicos ficam em uma ala específica da unidade, onde recebem os cuidados diferenciados pertinentes à cirurgia cardíaca, com destaque para controle intensivo de sangramentos, monitorização invasiva e sempre procuramos realizar retirada da ventilação mecânica o mais breve possível, com uma média de tempo de extubação  inferior a 3 horas da admissão. Graças à expertise de todos os profissionais envolvidos, nossos pacientes cirúrgicos recebem alta para unidade aberta dentro de dois dias do procedimento, e nossos pacientes clínicos após três dias da admissão, em média.

Contamos com uma equipe assistencial multidisciplinar de excelência, formada por profissionais especializados em Cardiologia e com larga experiência em terapia intensiva.  Há 18 anos, possuímos uma equipe dedicada ao acompanhamento pós-operatório dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Essa vasta experiência e know-how têm nos oportunizado excelentes resultados, com destaque para a baixíssima taxa de mortalidade, semelhante à de grandes centros mundiais de referência em cardiologia intensiva. Atualmente, contamos com três equipes de cirurgiões cardiovasculares, reconhecidos como autoridades na área em nosso Estado, e atuantes no Hospital Português.

Outros diferenciais da nossa UTI 2 são a proximidade física e facilidade de comunicação com o Serviço de Hemodinâmica, que agilizam a realização das cineangiocoronariografias e demais procedimentos percutâneos cardiovasculares. Este fato é muito relevante, pois sabemos, há décadas, que quanto mais rápido conseguimos atuar numa síndrome coronariana aguda (infarto agudo do miocárdio), mais chances temos de preservar a maior parte do músculo cardíaco do paciente. Além disso, dispomos de arsenal tecnológico avançado que nos permite promover diagnósticos e terapêuticas precoces e assertivos. Esse arcabouço nos dá a infraestrutura necessária para promover uma assistência de excelência, centrada no paciente.

Autora: Dra. Rebecca Reis é vice-coordenadora da UTI 2