Equipe de Transplante Hepático do HP realiza Estudo sobre imunossupressão
15 de maio de 2024
Pesquisa baseada no pós-operatório do transplante de fígado analisou pacientes de diversas origens raciais
Artigo publicado pela revista internacional Therapeutic Drug Monitoring, em março deste ano, avaliou a influência da variabilidade do nível sérico do tacrolimus na frequência de rejeição e na sobrevida após transplante de fígado. O tacrolimo é o principal imunossupressor usado no pós-operatório de transplante com o intuito de prevenir rejeição do enxerto. O estudo conduzido pelos médicos hepatologistas do Hospital Português (HP), Dra. Liana Codes, Dra. Nayana Vaz e Dr. Paulo Lisboa Bittencourt mostra que a variabilidade em relação ao nível sérico do imunossupressor não foi associada a resultados clinicamente relevantes após o transplante.
Para a especialista em gastroenterologia e hepatologia do HP, Dra. Liana Codes, a experiência proporcionou ganhos de conhecimentos devido à carência de dados sobre o tema na literatura médica. “Temos poucos dados disponíveis sobre o impacto da variabilidade do nível sérico de imunossupressão em relação aos resultados adversos após transplante de fígado. A pesquisa contribui para uma melhor compreensão sobre os esquemas de imunossupressão de longo prazo com o intuito de evitar rejeição bem como efeitos colaterais tardios relacionados aos imunossupressores”, declarou Dra. Liana.
Para o coordenador do Serviço de Transplante de Fígado do HP, Dr. Paulo Bittencourt, o Hospital conta com uma projeção nacional e internacional em doenças hepáticas, colocando o Hospital como centro de investigação clínica em Hepatologia. “Esse estudo além de trazerem visibilidade ao HP, garante grandes benefícios para a assistência aos pacientes transplantados e com doenças do fígado”, declarou o especialista.
O Estudo reuniu 234 pacientes transplantados de fígado, com diversas origens raciais, sendo 179 homens entre 12 e 52 anos de idade, que foram submetidos a avaliações clínicas e laboratoriais no período pós-operatório, com o monitoramento de enzimas hepáticas e níveis de tacrolimus no sangue. A pesquisa teve o apoio do Centro de Estudos do HP e a participação de alunos de medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Escola Baiana de Medicina,
Dra. Liana ressalta que o estudo reflete o empenho da equipe de transplante do HP em garantir assistência de qualidade, priorizando segurança e efetividade para os pacientes transplantados. O HP dispõe de serviço de Hepatologia de alta complexidade, mantendo o primeiro Programa de Transplante Hepático da Bahia. Ativo desde 2001 e realizando transplante de fígado pelo Sistema Único de Saúde, o Programa atingiu em abril de 2024 o marco de 579 transplantes na área.
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