Stent: A grande evolução
09 June 2005
A grande evolução do método foi a criação do stent, pequenas próteses de aço que são colocadas por meio do balão, no momento da desobstrução, impedindo que a área atingida seja novamente fechada.
Apesar de ter sido pioneira na angioplastia, a técnica do balão apresentava algumas limitações. Com a sua utilização percebeu-se que haviam problemas de dissecção do vaso, gerando algumas complicações posteriores, como o infarto, por exemplo. Devido a essas complicações, houve um aumento na necessidade de cirurgias de emergência.
No novo método, após inserir o balão e proceder a desobstrução, o stent é colocado no local para que haja permeabilidade no vaso. “Pode-se dizer que o stent foi não só uma evolução mas também uma revolução. Graças a ele, cerca de 65% dos pacientes que eram levados às salas de cirurgias hoje são tratados através intervenções percutâneas”, afirma o cardiologista Dr. José Carlos Brito, médico do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Português.
Com a utilização do stent os ricos foram reduzidos praticamente a zero, isso porque, na maioria das vezes, o equipamento não causa a dissecção, evitando que depois da dilatação do balão a artéria, que é elástica, volte ao seu patamar inicial. Na maioria das vezes, isso ocorria porque o balão apenas distendia a artéria, o que fazia com que o local voltasse a ser obstruído precocemente.
Hoje já existe mais uma inovação que é o stent farmacológico que, ao ser implantado, libera uma medicação anti-proliferativa que evita o crescimento de células, impedindo assim uma reação natural à presença do aço na artéria. Com os stents convencionais, a obstrução poderia voltar a acontecer em cerca de 25 a 30% dos casos, com freqüência maior em diabéticos. Hoje, a perspectiva é que mais de 95% dos pacientes que utilizem o stent farmacológico fiquem totalmente curados.