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Mulheres modernas exigem seus direitos, ganham espaço no mercado de trabalho, mas não abrem mão da saúde e bem estar — Hospital Português da Bahia

27 de março de 2009

Mulheres modernas exigem seus direitos, ganham espaço no mercado de trabalho, mas não abrem mão da saúde e bem estar

27 March 2009

Mulheres modernas exigem seus direitos, ganham espaço no mercado de trabalho, mas não abrem mão da saúde e bem estarConsciente do seu valor e do seu papel na sociedade, a mulher moderna é mais participativa e determinada. Exige seus direitos, luta por igualdade junto aos homens, ganha espaço no mercado de trabalho, administra bem as atividades de profissional, mãe, dona de casa e esposa, e cuida cada vez mais da saúde e do bem-estar.

A adoção de novos hábitos saudáveis já faz parte do dia-a-dia da mulher atual, que sabe que a manutenção da boa saúde exige uma série de cuidados e atitudes preventivas. Cada uma tem uma história e uma bagagem hereditária que devem ser analisadas cuidadosamente com a supervisão de um médico. Nesta edição de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Imagem Real, informativo mensal do Hospital Português da Bahia, traz dicas e informações importantes para ajudar as mulheres a garantir saúde e qualidade de vida.

Exame das mamas

As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico e a mamografia, além do autoexame, que é feito pela própria mulher. Segundo a ginecologista do Hospital Português, dra. Viviane Oliveira, a partir dos 35 anos de idade, o autoexame deve ser feito uma vez por mês, e o exame clínico, anualmente. Já a mamografia também deve ser feita aos 35 anos, e repetida anualmente a partir dos 40 anos. “Esses exames são recomendados mesmo que a mulher não perceba nenhum sintoma”, alerta dra. Viviane Oliveira. Para as mulheres que têm casos de câncer de mama na família, as chances de ter a doença são maiores. “Nesses casos, elas devem começar a fazer os exames 10 anos antes da idade em que a mãe ou irmã teve o câncer”, orienta a ginecologista.

O melhor período para fazer o autoexame é logo após a menstruação. As mulheres que não menstruam mais devem fazê-lo num mesmo dia de cada mês, como por exemplo todo dia 15. Para realizar o autoexame, a mulher deve, diante do espelho, com os dedos, procurar deformações ou alterações no formato das mamas, abaulamentos ou retrações ou ainda feridas ao redor do mamilo. No banho ou deitada, observar se há a presença de caroços nas mamas ou axilas ou secreções pelos mamilos. Caso encontre alguma das anormalidades citadas, é importante procurar um serviço médico. Quanto mais cedo melhor! Além disso, caso a mulher, por qualquer motivo, procure seu médico, deve pedir sempre para que examine também suas mamas.

Colo do útero

No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele e pelo de mama. Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Mas é uma doença que pode ser prevenida, estando diretamente vinculada ao grau de subdesenvolvimento do país.

Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero. Os fatores sociais, ambientais e os hábitos de vida, tais como, baixas condições sócio-econômicas, atividade sexual antes dos 18 anos de idade, pluralidade de parceiros sexuais, vício de fumar (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados), parcos hábitos de higiene e o uso prolongado de contraceptivos orais são os principais. Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV) e o Herpesvírus Tipo II (HSV) têm papel importante no desenvolvimento da displasia das células cervicais e na sua transformação em células cancerosas. O HPV, adquirido por meio de relações sexuais, está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero. O uso da camisinha é a melhor forma de se proteger contra a infecção pelo HPV.

Apesar do conhecimento cada vez maior nesta área, a abordagem mais efetiva para o controle do câncer do colo do útero continua sendo o rastreamento através do exame preventivo, conhecido popularmente como exame de Papanicolau. A sua realização periódica permite reduzir em 70% a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco. “O exame preventivo deve ser realizado anualmente, a partir do primeiro nos dois dias anteriores ao exame e não submeter-se ao exame durante o período menstrual.

O exame preventivo é indolor, barato e eficaz. Consiste na coleta de material para exame na parte externa (ectocérvice) e interna (endocérvice) do colo do útero. O material coletado é afixado em lâmina de vidro, corado pelo método de Papanicolau e então examinado ao microscópio. Para garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais colesterol alto, hipertensão, sedentarismo e tabagismo fazem parte do cotidiano da mulher contemporânea, justamente os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares.

Quando não se faz prevenção e o câncer do cólo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele progredirá, ocasionando sintomas. Os principais sintomas do câncer do colo do útero já localmente invasivo são o sangramento no início ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação.

Coração

Mudanças no estilo de vida, com jornadas de trabalho excessivas, alta competitividade, estresse e alimentação inadequada, contato sexual ou dos 25 anos de idade, o que ocorrer primeiro”, diz dra. Viviane Oliveira, ressaltando que já existe a vacina do HPV, que está indicada para meninas a partir de 9 anos de idade até 26 anos.

A melhor maneira de prevenir as doenças do coração é cultivar hábitos saudáveis, que inclui exercícios físicos, boa alimentação e organização das tarefas e responsabilidades, entre outros. As mulheres que possuem casos de doenças cardiovasculares na família devem começar a fazer exames de colesterol e pressão a partir da adolescência.  O mesmo vale para aquelas que não possuem problemas na família, mas apresentam fatores de risco pessoais, como tabagismo e sedentarismo.

Osteoporose

De cada quatro pessoas que sofrem de osteoporose, três são do sexo feminino. Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos tem a doença, que afeta principalmente na fase da pós-menopausa, caracterizada por uma fragilidade nos ossos, que perdem cálcio e ficam porosos devido à redução do hormônio feminino.

A fraqueza dos ossos expõe a mulher a riscos maiores de fraturas, tanto espontâneas quanto em consequência de quedas. Os locais em que a osteoporose mais afeta são a coluna, o colo do fêmur, bacia e o pulso. Em torno de 75% dos diagnósticos da doença são feitos somente após a primeira fratura.

Como é na infância e na juventude que se forma a massa óssea, o ideal seria que as mulheres, em qualquer idade, pensassem na prevenção da osteoporose. É importante a ingestão de cálcio desde cedo, através de alimentos ricos em cálcio, como o leite e derivados (queijo e iogurte), vegetais verde escuro (brócolis, espinafre, couve etc), amêndoas e peixes, e ricos em vitamina D, que é importante na absorção do cálcio no intestino e na saúde dos ossos. Ela é sintetizada pela pele através da exposição à luz solar. Médicos também recomendam exercícios físicos e a exposição diária ao sol, por 10 a 15 minutos, antes das 10 h da manhã. Já o fumo, bebidas alcoólicas, café e o sedentarismo aumentam os riscos de desenvolvimento da doença.

A partir dos 65 anos é necessário exame rotineiro para detectar a osteoporose. Alguns especialistas recomendam que se inicie a pesquisa da osteoporose a partir dos 50 anos. E para as mulheres com algum dos fatores de risco, como, por exemplo, baixa estatura, deve-se começar mais precocemente, realizando os exames anualmente a partir da menopausa. A detecção da osteoporose é realizada através do exame médico e de um exame chamado densitometria óssea. O raio-X é útil para a identificação da fratura, mas não é eficiente para o diagnóstico precoce da doença.

Cuide da saúde
• Consulte um médico e controle permanentemente as taxas de seu colesterol;
• Pare de fumar. Se não conseguir, procure ajuda médica. O tabagismo está relacionado com diversos problemas graves, como doenças cardíacas e câncer de pulmão;
• Consulte um médico para avaliar e controlar periodicamente a pressão arterial;
• Mantenha uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras, legumes e fibras. Evite o consumo de alimentos frios ou gordurosos e enlatados. A ingestão de sal e de bebidas alcoólicas também deve ser evitada. Controle o peso;
• Controlar melhor as emoções, dividir tarefas e responsabilidades, bem como planejar melhor as atividades, ajudam a prevenir o estresse;
• Tenha um sono adequado: dormir bem ajuda a manter o corpo em bom funcionamento.
• Pratique uma atividade física;
• Realize atividades de lazer, como passear, ir ao cinema, ao teatro, ler, viajar, fazer amigos e dançar. Enfim, tenha como lazer aquilo que lhe dá prazer.