Dr. Maurício Monte*
A vasectomia é um método cirúrgico para promover a esterilização masculina e corresponde à ligadura das trompas nas mulheres. De forma mais simples, menos onerosa, menos dolorosa e com recuperação mais rápida, esta tem sido uma alternativa que os casais têm buscado com mais frequência nos últimos três anos. O procedimento consiste em seccionar e amarrar os canais deferentes, dois tubos que levam os espermatozoides, no momento da ejaculação, desde os testículos até a uretra.
Após o procedimento, o homem continua ejaculando normalmente, porém sem a presença das células reprodutivas, tornando-o incapaz de engravidar a parceira. Entretanto, logo depois do ato cirúrgico, ainda é preciso manter algum método anticoncepcional, pois muitos espermatozoides permanecerão dentro das vesículas seminais e serão eliminados progressivamente depois de algumas ejaculações. O sucesso da cirurgia deverá ser confirmado com a realização de um espermograma, exame que vai demonstrar a inexistência de espermatozoides no sêmen. A cirurgia, que pode ser realizada com anestesia local, é simples e segura e possui índices de falha inferiores a 1%. Isso faz com que a vasectomia seja o melhor método contraceptivo masculino. Vale ressaltar que no Brasil existem critérios legais para sua realização. É necessário ter mais de 25 anos e, pelo menos, dois filhos vivos, além de 60 dias entre a manifestação do interesse e a execução do procedimento. Por diversos motivos, muitos homens têm receio de realizar a vasectomia, entretanto é importante esclarecer que essa pequena cirurgia não interfere na produção dos hormônios masculinos, não acarreta mudanças na aparência do pênis ou dos testículos, nem na quantidade ou aspecto da ejaculação, tampouco na qualidade da ereção ou do desempenho sexual.
A vasectomia é um método reversível, porém essa reversibilidade não é tão simples. Haverá a necessidade de uma incisão maior, uso de microscópio, internamento e recuperação mais prolongados. Quanto maior for o tempo decorrido da realização, maior a possibilidade de áreas com fibrose e outras obstruções no trajeto dos canais deferentes, que vão dificultar o sucesso de fertilizações após a reversão. Decorridos quatro anos da vasectomia, se realizada uma reversão, o índice de um bom espermograma é em média de 90%, e de fertilização em torno de 70%. À medida que este tempo vai aumentando, os resultados vão piorando. Portanto, a decisão de se submeter a uma vasectomia deve sempre ser analisada pelo casal como um método contraceptivo definitivo, e somente em situações específicas, pensar em reversão. É sempre válido lembrar que a realização de esterilização tanto de homens, quanto de mulheres, tem assistência pela maioria dos planos de saúde e também pelo Sistema Único de Saúde (SUS). *Membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e médico urologista do Hospital Português
A vasectomia é um método cirúrgico para promover a esterilização masculina e corresponde à ligadura das trompas nas mulheres. De forma mais simples, menos onerosa, menos dolorosa e com recuperação mais rápida, esta tem sido uma alternativa que os casais têm buscado com mais frequência nos últimos três anos. O procedimento consiste em seccionar e amarrar os canais deferentes, dois tubos que levam os espermatozoides, no momento da ejaculação, desde os testículos até a uretra.
Após o procedimento, o homem continua ejaculando normalmente, porém sem a presença das células reprodutivas, tornando-o incapaz de engravidar a parceira. Entretanto, logo depois do ato cirúrgico, ainda é preciso manter algum método anticoncepcional, pois muitos espermatozoides permanecerão dentro das vesículas seminais e serão eliminados progressivamente depois de algumas ejaculações. O sucesso da cirurgia deverá ser confirmado com a realização de um espermograma, exame que vai demonstrar a inexistência de espermatozoides no sêmen. A cirurgia, que pode ser realizada com anestesia local, é simples e segura e possui índices de falha inferiores a 1%. Isso faz com que a vasectomia seja o melhor método contraceptivo masculino. Vale ressaltar que no Brasil existem critérios legais para sua realização. É necessário ter mais de 25 anos e, pelo menos, dois filhos vivos, além de 60 dias entre a manifestação do interesse e a execução do procedimento. Por diversos motivos, muitos homens têm receio de realizar a vasectomia, entretanto é importante esclarecer que essa pequena cirurgia não interfere na produção dos hormônios masculinos, não acarreta mudanças na aparência do pênis ou dos testículos, nem na quantidade ou aspecto da ejaculação, tampouco na qualidade da ereção ou do desempenho sexual.
A vasectomia é um método reversível, porém essa reversibilidade não é tão simples. Haverá a necessidade de uma incisão maior, uso de microscópio, internamento e recuperação mais prolongados. Quanto maior for o tempo decorrido da realização, maior a possibilidade de áreas com fibrose e outras obstruções no trajeto dos canais deferentes, que vão dificultar o sucesso de fertilizações após a reversão. Decorridos quatro anos da vasectomia, se realizada uma reversão, o índice de um bom espermograma é em média de 90%, e de fertilização em torno de 70%. À medida que este tempo vai aumentando, os resultados vão piorando. Portanto, a decisão de se submeter a uma vasectomia deve sempre ser analisada pelo casal como um método contraceptivo definitivo, e somente em situações específicas, pensar em reversão. É sempre válido lembrar que a realização de esterilização tanto de homens, quanto de mulheres, tem assistência pela maioria dos planos de saúde e também pelo Sistema Único de Saúde (SUS). *Membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e médico urologista do Hospital Português