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CORPO CLÍNICO — Hospital Português da Bahia

10 de setembro de 2013

CORPO CLÍNICO

10 September 2013

“No contexto de um hospital geral de grande porte, onde são realizados inúmeros procedimentos de alta complexidade, cumprir a burocracia que antecede a remuneração de honorários médicos é tão relevante quanto realizar um ato clínico ou cirúrgico”. A afirmação do chefe de Repasse Médico da Gerência Financeira do Hospital Português, Luciano Figueiroa, remete a um requisito premente na realidade de qualquer organização hospitalar moderna: o envolvimento do corpo clínico com as questões administrativas e financeiras que norteiam a atividade assistencial. Assumir o papel de gestor dos processos assistenciais tem sido um caminho natural da atuação médica. No HP, a atitude é considerada elementar para a obtenção de agilidade na execução do fluxo de pagamento dos honorários. Hoje, essa rotina de remuneração é finalizada pela instituição em, aproximadamente, 90 dias. A meta é reduzir o prazo, no máximo, para a metade. Na avaliação do líder da área, aprimorar a informação do corpo clínico, quanto ao desempenho de todas as rotinas envolvidas no repasse, é condição fundamental para a conquista desse objetivo. 
Com mais de 3 mil médicos cadastrados e corpo clínico misto, o HP realiza dois tipos de pagamento médico: aos profissionais contratados da instituição, bem como àqueles que constituem pessoa jurídica e se utilizam da estrutura de alta complexidade hospitalar na prestação do atendimento. Essa política de remuneração, adotada pela organização, é um diferencial no mercado de saúde, que em geral realiza repasse somente para pessoa jurídica. No entanto, para assegurar fluidez ao processo de pagamento, é necessário que, logo após realizar o procedimento clínico ou cirúrgico, o médico especifique, no Sistema Trak, se prefere receber os honorários pelo Hospital. Também é preciso que ele e toda a sua equipe clínica ou cirúrgica forneçam, detalhadamente, as informações solicitadas pelo Sistema, para a geração de relatório, imediatamente após a realização de qualquer procedimento. “É importante ressaltar que a evolução clínica é um ato médico, enquanto a cobrança do procedimento é um ato financeiro. As duas iniciativas são essenciais para que o repasse seja realizado”, observa Figueiroa. 
Para se prover de informações, o corpo clínico deve procurar a Gerência Técnica. O Setor é responsável por treinar os profissionais para o uso do Sistema Trak; fornecer orientações sobre o preenchimento do Sistema com informações detalhadas do procedimento realizado; instruir a geração imediata de relatório após o ato clínico ou cirúrgico; orientar a forma correta de execução das cobranças, de como evoluir a internação ou prorrogá-la; entre outros esclarecimentos. Para conhecer toda a rotina de pagamento adotada pelo HP, os profissionais também podem recorrer ao Setor de Repasse Médico e tomar conhecimento das áreas que participam– de forma engajada e interdependente– desse processo. Ao cumprir corretamente as etapas administrativas do repasse médico, o corpo clínico permite que a rotina financeira siga o seu fluxo normal e ganhe agilidade – o procedimento cai em conta; passa por auditoria interna e externa; havendo consenso, a conta retorna ao faturamento; segue para análise do convênio e, sendo aprovada, retorna como pagamento ao Hospital. Por fim, a instituição identifica, no próprio Sistema, o valor creditado ao médico, fazendo o repasse. “Não existe solução mágica. É indispensável a participação efetiva de todos os envolvidos nesse processo”, conclui.