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Câncer do aparelho reprodutor deve afetar 27 mil brasileiras até 2015 — Hospital Português da Bahia

8 de agosto de 2014

Câncer do aparelho reprodutor deve afetar 27 mil brasileiras até 2015

08 August 2014

As brasileiras estão agora mais expostas ao desenvolvimento de câncer no aparelho reprodutor, do que no passado. É o que mostra a estimativa de incidência de câncer no Brasil até 2015, publicada pelo Instituto Nacional de Câncer – INCA e Ministério da Saúde. No documento, o câncer de colo do útero aparece como o mais incidente nos órgãos genitais femininos (15,5 mil novos casos), sobretudo no Centro-Oeste e Nordeste do país, onde é o segundo mais frequente. Também no Nordeste, os cânceres de corpo do útero (endométrio) e ovário aparecem como sétimo tipo mais frequente. Na origem do problema estão o histórico familiar, as mudanças no estilo de vida feminino e a maior exposição a fatores de riscos impostos pelo mundo moderno. Dr. Fábio Neves, cancerologista da equipe de Cirurgia Oncológica do Hospital Português, observa que o câncer de colo do útero, assim como as outras formas da doença, possui grande chance de cura quando diagnosticado precocemente. “Além disso, o avanço dos recursos diagnósticos e terapêuticos no campo da ginecologia oncológica têm favorecido enormemente as mulheres”, lembra.

O risco de desenvolver um tumor no aparelho ginecológico é maior a partir dos 30 anos e se eleva na faixa etária dos 50 aos 60 anos, principalmente, diante de infecção por HPV. Por isso, é necessário que a mulher realize visitas preventivas ao ginecologista. A prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças benignas e malignas dos órgãos genitais femininos (vulva, vagina, colo do útero, corpo do útero, trompas e ovários) também é foco de atendimento do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Português. Especializado em procedimentos de alta complexidade para tratar neoplasias que acometem o aparelho digestório, sistema reprodutor, partes moles (sarcomas), pele e peritônio (membrana que reveste a parte interna do abdômen), o Serviço tem atuado de forma recorrente no atendimento de casos de neoplasias ginecológicas. “Para tratar essas pacientes, a instituição emprega procedimentos modernos minimamente invasivos, como a laparoscopia, que elevam a segurança e contribuem para a recuperação no pós-operatório”, diz o cirurgião.

A chance de sucesso nessa etapa da assistência é reforçada durante o preparo pré-operatório adequado – com fisioterapia, suporte nutricional e emprego de radiologia intervencionista – e a pesquisa de linfonodo sentinela (que identifica o primeiro gânglio linfático receptor da célula cancerosa). “Essas medidas permitem que as taxas de complicação (morbimortalidade) se mantenham controladas e permaneçam dentro dos padrões estabelecidos para cada procedimento realizado”, observa o especialista. Outro fator que tem favorecido o tratamento do câncer e das lesões pré-malignas no aparelho genital feminino é a assistência multidisciplinar do Hospital, que abrange a área de Ginecologia Oncológica e as especialidades de Oncologia Clínica, Ginecologia, Radioterapia, Anatomia Patológica, Radiologia, Clínica Médica e demais Clínicas Cirúrgicas. “Essa troca de informações entre as especialidades envolvidas na assistência ao paciente oncológico é um importante diferencial para o tratamento individualizado e integral dos diversos tipos de cânceres”, ressalta Dr. Fábio Neves. O especialista compõe o experiente grupo de cirurgiões oncologistas do HP, especializado no tratamento de tumores com procedimentos convencionais, laparoscópicos e de alta complexidade, formado por Dr. Thiago Francischetto, Dr. Adson Neves, Dr. Alexandre Albuquerque e Dr. Herbert Ives.